União Europeia não reconhece eleições na Venezuela e piora crise de Maduro

União Europeia questiona legitimidade das eleições na Venezuela

A União Europeia declarou neste domingo que os resultados das recentes eleições presidenciais venezuelanas, que apontaram Nicolás Maduro como vencedor, não possuem credibilidade. Segundo o Conselho da União Europeia, a falta de provas consistentes que sustentem os números divulgados pelo Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela no dia 2 de agosto faz com que tais resultados não sejam aceitáveis. O órgão europeu enfatizou a necessidade de uma verificação independente para garantir a transparência do processo.

Em um contexto de crescente tensão, a Associated Press realizou uma análise detalhada das atas eleitorais, examinando cerca de 24 mil imagens de folhas de contagem, o que corresponde a 79% do total de máquinas de votação utilizadas no pleito do dia 28 de julho. Os dados analisados indicam uma vitória clara do oposicionista Edmundo González, com 6,89 milhões de votos, contrapondo-se aos 3,13 milhões atribuídos a Maduro nas mesmas folhas.

Contrariando esses achados, os números atualizados pelo Conselho Nacional Eleitoral venezuelano no dia 2 de agosto, com 96,87% das urnas apuradas, apresentam Maduro com 6,4 milhões de votos, enquanto González aparece com 5,3 milhões. Essa discrepância nos resultados lança dúvidas sobre a integridade do processo eleitoral venezuelano e sugere uma manipulação que beneficia o atual governo.

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