Connect with us

Política

A “Carta” de Temer Desmonta e Atinge de Maneira Certeira o Ministro Alexandre de Moraes

A "Carta" de Temer Desmonta e Atinge de Maneira Certeira o Ministro Alexandre de Moraes
CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Carta de Temer Critica Alexandre de Moraes e Alerta Sobre Radicalização Política no STF

No último sábado (7), durante as celebrações do Dia da Independência, o Brasil presenciou uma manifestação massiva em que cidadãos exigiram o impeachment do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. Esse movimento reflete o descontentamento crescente com o que muitos veem como um abuso de poder por parte do ministro, considerado uma figura central nas recentes tensões entre os Poderes.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Coincidentemente, na véspera dessas manifestações, o ex-presidente Michel Temer publicou uma carta nos principais jornais do país, incluindo O Globo, Estadão e Folha de São Paulo. Intitulada “Independência e a Paz”, a mensagem de Temer pode ser lida como uma crítica velada ao papel das instituições brasileiras, com ênfase no funcionamento do STF e no papel dos seus ministros.

Em seu texto, Temer destacou a importância de harmonia entre os Poderes e o respeito à Constituição para garantir a estabilidade política e a justiça social no Brasil. Ele alertou sobre os perigos de transformar a polarização natural em radicalização, um fenômeno que, segundo o ex-presidente, pode gerar ganhos imediatos, mas acaba por enfraquecer o país a longo prazo.

A carta de Temer, em diversos momentos, parece direcionada ao ministro Alexandre de Moraes, especialmente quando menciona que o poder só é legítimo quando reconhecido e aceito pela população, por meio do consenso e do respeito às regras. Nas palavras do ex-presidente: “O exercício do poder com sabedoria demanda, além da capacidade de exercer a força, o talento para construir consensos. Daí decorre o conceito de legitimidade. E nenhum poder se sustenta sem isso.”

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Paralelamente, o Congresso Nacional enfrenta um cenário de obstrução, com parlamentares pressionando o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, a dar andamento ao pedido de impeachment de Alexandre de Moraes, já em sua posse.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Leia a carta na íntegra:

A Independência e a Paz

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

A consolidação da Independência do Brasil, proclamada por dom Pedro 1º há 202 anos, sempre teve como força organizadora primordial a busca pela paz interna. Nações divididas e em permanente conflito intestino tornam-se vulneráveis à ação de forças externas que desejem subjugá-las. Mais ainda quando conflitos crônicos e aparentemente insolúveis passam a opor os Poderes, que a Constituição determina serem harmônicos, mesmo independentes.

Na mais que centenária história da nossa República, a pacificação interna sempre apareceu como objetivo desejável, ainda que os métodos para tentar alcançá-la tenham oscilado, de regimes concentradores de poder e força a regimes que buscaram alguma forma de conciliação entre opostos. Na verdade, esses dois vetores sempre existiram em paralelo, com um polo prevalecendo sobre o outro de acordo com as circunstâncias históricas.

CONTINUA DEPOIS DA PUBLICIDADE

Presidentes que buscaram a pacificação interna tiveram como prêmio para a posteridade o reconhecimento da História. Talvez o exemplo mais agudo seja Juscelino Kubitschek, que soube compreender o papel estratégico da conciliação. Ideia que também orientou nossa transição mais recente, liderada por Ulysses Guimarães e Tancredo Neves e consolidada de modo admirável sob o comando do presidente José Sarney.

Com as velas enfurnadas por esses ventos, a Nova República plasmou na Constituição Federal de 1988 a ideia de um novo Estado alicerçado na tese da paz interna e internacional. Para isso, a ordem que o povo deu por meio dos constituintes às autoridades constituídas foi “unam-se todos”. As controvérsias sempre existirão, e haverá momentos de disputa especialmente aguda, mas o método para dirimi-las será o diálogo e a decisão democraticamente adotada.

Note-se que o texto da Carta embute a indispensabilidade da oposição, pois seu sentido jurídico-constitucional determina que ela ajuda a governar, na medida em que critica, contesta, contradita, contraria, fiscaliza. É natural que haja diferentes correntes de opinião, distintos grupos com ambição política. Nosso ordenamento constitucional determina, entretanto, que as diferenças devem ser decididas pacificamente, de acordo com as leis do país.

E se vale para os cidadãos, vale também para as instituições de Estado, que jamais deveriam lançar combustível na fogueira das paixões políticas. Isso apenas aceleraria a tendência a uma indesejável radicalização, além de minar a segurança jurídica de que decorre a segurança social, essencial para os investimentos, o trabalho e o relacionamento entre os indivíduos e as instituições. Cumprir rigorosamente o sistema normativo é perseguir a paz.

E o Supremo Tribunal Federal será sempre o primeiro e maior interessado em cumprir a regra à risca. Até por ser última instância do Judiciário e guardar a responsabilidade do controle constitucional.

Não haverá no Brasil desenvolvimento e justiça social sem paz política, e esta não terá permanência se todos os segmentos sociais e políticos não se sentirem participantes legítimos do jogo, submetidos às mesmas regras que os adversários e com possibilidade real de alcançar seus objetivos dentro da lei e da ordem. É sabido que a força da lei reside não apenas na força do Estado para impô-la, mas principalmente na crença social de que ela vale para todos.

Transformar a natural polarização, característica de todas as sociedades, em radicalização pode gerar prêmios imediatos em poder e glória, especialmente nesta nossa era de digitalização e interconexão ubíquas. Mas será ilusão, e, como toda ilusão, passageira. Ainda que proporcione vitórias eleitorais momentâneas. O exercício do poder com sabedoria demanda, além da capacidade de exercer a força, o talento para construir consensos.

Daí decorre o conceito de legitimidade. E nenhum poder se sustenta sem isso.

Leia Também:

📲 Participe Gratuitamente do Nosso Canal Exclusivo no WhatsApp. 🔔 Clique e Siga para Notícias em Tempo Real!



Trending

Damos valor à sua privacidade

Nós e os nossos parceiros armazenamos ou acedemos a informações dos dispositivos, tais como cookies, e processamos dados pessoais, tais como identificadores exclusivos e informações padrão enviadas pelos dispositivos, para as finalidades descritas abaixo. Poderá clicar para consentir o processamento por nossa parte e pela parte dos nossos parceiros para tais finalidades. Em alternativa, poderá clicar para recusar o consentimento, ou aceder a informações mais pormenorizadas e alterar as suas preferências antes de dar consentimento. As suas preferências serão aplicadas apenas a este website.

Cookies estritamente necessários

Estes cookies são necessários para que o website funcione e não podem ser desligados nos nossos sistemas. Normalmente, eles só são configurados em resposta a ações levadas a cabo por si e que correspondem a uma solicitação de serviços, tais como definir as suas preferências de privacidade, iniciar sessão ou preencher formulários. Pode configurar o seu navegador para bloquear ou alertá-lo(a) sobre esses cookies, mas algumas partes do website não funcionarão. Estes cookies não armazenam qualquer informação pessoal identificável.

Cookies de desempenho

Estes cookies permitem-nos contar visitas e fontes de tráfego, para que possamos medir e melhorar o desempenho do nosso website. Eles ajudam-nos a saber quais são as páginas mais e menos populares e a ver como os visitantes se movimentam pelo website. Todas as informações recolhidas por estes cookies são agregadas e, por conseguinte, anónimas. Se não permitir estes cookies, não saberemos quando visitou o nosso site.

Cookies de funcionalidade

Estes cookies permitem que o site forneça uma funcionalidade e personalização melhoradas. Podem ser estabelecidos por nós ou por fornecedores externos cujos serviços adicionámos às nossas páginas. Se não permitir estes cookies algumas destas funcionalidades, ou mesmo todas, podem não atuar corretamente.

Cookies de publicidade

Estes cookies podem ser estabelecidos através do nosso site pelos nossos parceiros de publicidade. Podem ser usados por essas empresas para construir um perfil sobre os seus interesses e mostrar-lhe anúncios relevantes em outros websites. Eles não armazenam diretamente informações pessoais, mas são baseados na identificação exclusiva do seu navegador e dispositivo de internet. Se não permitir estes cookies, terá menos publicidade direcionada.

Visite as nossas páginas de Políticas de privacidade e Termos e condições.

Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar sua experiência em nossos serviços. Ao usar nossos serviços você concorda com as nossas políticas de privacidade.