Amazônia registra aumento chocante de 286% em queimadas
A Amazônia está sob um cerco de fogo sem precedentes, com um aumento alarmante de 286% nos focos de incêndio detectados em fevereiro, conforme apontam as últimas análises do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vinculado ao Ministério da Ciência e Tecnologia. Até o dia 26 do mês, foram registrados 2.924 focos de incêndio, um número nunca antes visto desde o início dos registros em 1999.
Este fenômeno é agravado por condições secas intensificadas pelo El Niño, especialmente notáveis em partes da floresta como no estado do Amazonas, onde picos de incêndios foram observados no segundo semestre de 2023. Esse cenário desafiador ocorre mesmo diante de uma ligeira redução no desmatamento ao longo de 2023, evidenciando falhas críticas nas estratégias de prevenção a incêndios do governo, que se comprometeu a priorizar a proteção ambiental.
Até o momento, o Ministério do Meio Ambiente não se pronunciou sobre esta crise crescente. O aumento significativo de focos de incêndio não apenas coloca em risco a biodiversidade da maior floresta tropical do mundo, mas também ressalta a urgência de ações mais efetivas para a preservação deste bioma essencial no combate às mudanças climáticas. A destruição da Amazônia por desmatamento é a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa do Brasil, o que torna a situação ainda mais crítica.
A temporada de seca na Amazônia, que normalmente se estende de julho a outubro, torna a vegetação especialmente susceptível às chamas, exacerbando a propagação do fogo. Especialistas enfatizam que, dada a natureza úmida da floresta, a maioria das queimadas é resultado de atividades humanas ilícitas, frequentemente praticadas para converter terras florestais em pastagens.
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