PT planeja reação contra Nikolas Ferreira após polêmica sobre Pix
A bancada do Partido dos Trabalhadores (PT) na Câmara dos Deputados, aparentemente incomodada com a repercussão das declarações de Nikolas Ferreira (PL-MG), decidiu contra-atacar. Segundo o site Metrópoles, a estratégia será liderada pelo deputado Lindbergh Farias (PT-RJ), que coordenará a produção de um vídeo para rebater o parlamentar. A ação ocorre mesmo após o governo federal revogar a norma que permitia o envio de informações sobre transações acima de R$ 5 mil à Receita Federal.
A polêmica começou quando Nikolas Ferreira publicou, na última terça-feira (14), um vídeo em que ironizava as intenções do governo. No conteúdo, o deputado sugeriu que até mesmo uma “vaquinha” para churrasco poderia ser alvo de tributação pelo Imposto de Renda, caso a medida entrasse em vigor. O vídeo viralizou rapidamente, ultrapassando 220 milhões de visualizações até a noite de quarta-feira (15).
Durante uma entrevista ao programa Faroeste à Brasileira, Nikolas Ferreira comemorou a repercussão. “O vídeo conseguiu alcançar um cara que votou em Lula, mas agora se arrependeu. A pauta agora é o bolso das pessoas. Se a economia está indo mal, as pessoas vão abrir os olhos para isso”, afirmou o deputado, em tom de provocação.
A viralização do vídeo não apenas reforçou a presença digital de Nikolas como também acendeu um alerta no governo. A Receita Federal havia implementado a norma em 1º de janeiro, com o objetivo de monitorar transações financeiras acima de R$ 5 mil feitas por pessoas físicas. No entanto, a medida enfrentou uma chuva de críticas e acabou revogada.
Em coletiva de imprensa, o secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, tentou justificar a revogação da norma. “Isso virou uma arma nas mãos de criminosos. Não aceitaremos o uso do nome da Receita para dar golpes”, declarou.
Já o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, procurou apaziguar a situação, destacando que o presidente Lula assinará uma Medida Provisória para reforçar o sigilo e a gratuidade do Pix. “Essa MP garante que o Pix continuará gratuito e protegido por sigilo, deixando claro que o sistema é seguro para todos os brasileiros”, afirmou Haddad, numa tentativa de restaurar a confiança no governo.
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