PT critica Campos Neto pela alta do dólar e acusa o BC de má gestão
O Partido dos Trabalhadores (PT) voltou a direcionar críticas ao presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, apontando-o como o responsável pela recente valorização do dólar. Neste sábado, 21, o partido utilizou suas redes sociais para reforçar a narrativa, publicando uma montagem que contrapõe o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a Campos Neto. A publicação sugere que Haddad está empenhado em “reconstruir” a economia, enquanto acusa Campos Neto de permitir que o dólar atingisse marcas históricas.
Após alcançar R$ 6,30 na última quinta-feira, a moeda norte-americana recuou e encerrou a sexta-feira cotada a R$ 6,07, resultado direto das ações realizadas pelo Banco Central. A autoridade monetária promoveu leilões de dólares, injetando US$ 8 bilhões no mercado, em uma tentativa de aumentar a oferta da moeda e conter a desvalorização do real.
Além disso, no mesmo dia, o BC disponibilizou outros US$ 7 bilhões, divididos entre US$ 3 bilhões em leilões à vista e US$ 4 bilhões em operações compromissadas, nas quais os dólares retornam ao caixa da instituição em prazo acordado. Essas medidas surtiram efeito momentâneo, reduzindo a cotação da moeda para R$ 6,05 na mínima do dia.
O aumento da cotação do dólar é atribuído, em parte, ao cenário econômico global, mas o PT aponta Campos Neto como principal responsável pela escalada da moeda no Brasil. Essa acusação ocorre em meio a discussões sobre a autonomia do Banco Central e pressões para que a instituição alinhe suas políticas às estratégias do governo federal.
Especialistas destacam que a volatilidade do dólar impacta diretamente a economia nacional, elevando custos de importação e pressionando a inflação. A ação do Banco Central, ao despejar dólares no mercado, é vista como uma tentativa de estabilizar o câmbio, mas não resolve os problemas estruturais que afetam a economia brasileira.
A troca de acusações entre o PT e Campos Neto reflete a tensão entre o governo e o Banco Central, especialmente em um momento de fragilidade econômica. Enquanto o BC recorre a intervenções para acalmar o mercado, o debate político continua a polarizar opiniões sobre as estratégias adotadas para lidar com a alta do dólar.
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