Defesa acusa Polícia Federal de omitir provas que inocentariam Filipe Martins em caso polêmico
A defesa de Filipe Martins, ex-assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro, fez uma grave acusação contra a Polícia Federal (PF). Em um tom que mistura indignação e ironia, a defesa destacou que a instituição, tão celebrada por sua imparcialidade, teria omitido provas que poderiam inocentar o investigado no caso da suposta “trama golpista”.
Tudo começou com a descoberta de um discurso em um HD externo durante a Operação Tempus Veritatis, em fevereiro de 2024. O discurso, redigido por Filipe Martins para o então presidente Jair Bolsonaro, contradiz categoricamente todas as acusações feitas contra ele. Apesar de estar em posse da PF desde fevereiro, o conteúdo não foi incluído no relatório enviado ao STF.
Provas Ignoradas que Contrariam Acusações
O documento encontrado no HD tem data de criação registrada em 31 de outubro de 2022. Embora contenha críticas ao governo eleito e ao processo eleitoral, o texto deixa claro que Bolsonaro não contestaria o resultado das eleições. Em um trecho direto e enfático, o discurso diz:
“Mesmo considerando essa eleição ilegítima, não irei contestá-la. Meu amor pelo país e pelo povo brasileiro está acima de tudo.”
A defesa de Filipe Martins afirma que o discurso evidencia, de maneira inequívoca, que não havia qualquer intenção de golpe, reforçando que o então presidente aceitaria os resultados, apesar de suas ressalvas.
Questionamentos à Imparcialidade da Polícia Federal
O silêncio da PF em relação a este documento levanta sérios questionamentos. A defesa do ex-assessor aponta que a omissão deliberada de provas pode indicar um comportamento parcial e até criminoso por parte da instituição.
“Isso levanta uma questão seríssima: estaria a Polícia Federal selecionando provas de forma parcial, omitindo documentos que inocentam um investigado enquanto promove acusações sem fundamentos sólidos?”, indaga a defesa.
Essa não seria a primeira vez que a PF apresentaria inconsistências em relação a Filipe Martins. A defesa lembra que a prisão preventiva do investigado, mantida por mais de seis meses, foi fundamentada em alegações frágeis e contraditórias.
Pedido de Investigação Urgente
Diante da gravidade da denúncia, os advogados de Filipe Martins solicitam que a conduta da PF seja investigada imediatamente. Para eles, a omissão de provas que poderiam inocentar o ex-assessor não é apenas um erro processual, mas uma tentativa clara de influenciar o caso de maneira ilegal.
Veja vídeo:
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