STF recebe pedido de afastamento de Moraes para “cuidar da saúde mental”

Pedido questiona condutas de Moraes e alerta para impacto jurídico e diplomático

O ministro Alexandre de Moraes voltou ao centro de uma nova controvérsia jurídica. Um pedido formal de afastamento foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo advogado Paulo Faria, defensor do ex-deputado Daniel Silveira. A solicitação tem como base a alegação de que o magistrado precisa se afastar para “cuidar da saúde mental”.

Segundo o documento apresentado, Moraes estaria adotando posturas “incompatíveis com a legalidade”, somadas a “perseguições implícitas”, comportamento explosivo e ausência de empatia. A petição ainda classifica essas ações como incompatíveis com a serenidade esperada de um ministro da Suprema Corte.

Paulo Faria sustenta que decisões recentes de Moraes ultrapassam os limites institucionais e vêm provocando reações negativas no cenário internacional. Entre os exemplos citados está a suspensão da plataforma X (antigo Twitter), que gerou mal-estar diplomático com os Estados Unidos, além da recusa na deportação de um traficante, o que teria gerado atritos com a Espanha.

“Até o progressista britânico The Economist tem denunciado posturas autoritárias do ministro, com mais de dez reportagens apenas nos últimos dias”, afirma o advogado na petição.

Ele também destaca que as atitudes de Moraes seriam impulsivas e guiadas por motivações pessoais, como “implicância” e até “birra”, o que, segundo ele, exigiria uma avaliação médica especializada e imparcial para analisar a conduta do magistrado.

A peça enviada ao presidente do STF, Luís Roberto Barroso, sugere que o comportamento de Moraes ultrapassa o aceitável para alguém que ocupa uma função de tamanha responsabilidade. O objetivo, segundo Faria, não é apenas questionar legalidades, mas levantar um alerta sobre possíveis desequilíbrios emocionais que podem comprometer decisões judiciais.

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