Organização internacional constata fraude de Maduro e se retira às pressas da Venezuela

Organização Confirma Fraude nas Eleições Venezuelanas e Abandona o País

Na Venezuela, a dinâmica eleitoral ocorre através de um sistema eletrônico que guarda semelhanças com o modelo brasileiro, contudo, apresenta uma característica distintiva crucial: a impressão de um comprovante físico do voto. Após o voto eletrônico, o eleitor venezuelano imprime seu voto e o deposita em uma urna lacrada, adicionando uma camada de verificação manual ao processo eleitoral. Além disso, cada urna eletrônica imprime uma ata ao final da votação, detalhando os votos recebidos por cada candidato, além de registrar votos brancos, nulos e abstenções.

Essas atuações são enviadas eletronicamente ao Conselho Nacional Eleitoral (CNE) através de uma rede criptografada, assegurando a integridade dos dados transmitidos. Representantes de partidos políticos recebem cópias impressas destas atas, permitindo uma fiscalização independente dos resultados.

Recentemente, a organização internacional Centro Carter envolveu-se ativamente na análise dos resultados eleitorais na Venezuela, confirmando uma vitória esmagadora da oposição sobre o atual presidente Nicolás Maduro. A organização destacou a falta de independência do CNE durante o pleito, contrapondo-se aos números oficiais que apontavam Maduro como vencedor com 51,95% dos votos. Utilizando dados coletados das atas eleitorais e amostras de votação, o Centro Carter identificou diversas irregularidades, como o uso de recursos estatais em favor de Maduro e restrições ao registro de eleitores.

Diante dessas constatações, o Centro Carter retirou seus funcionários da Venezuela por razões de segurança, deixando pendente um relatório final sobre as eleições. Essa decisão gerou reações intensas do regime de Maduro, que acusou a organização de parcialidade. A situação destaca a contínua crise de legitimidade e governança na Venezuela, evidenciando desafios significativos para a democracia na região.

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