Governadores do Nordeste defendem decreto de Lula como avanço necessário
O decreto polêmico assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que limita o uso de armas de fogo por policiais em abordagens, continua a provocar intensos debates no cenário político nacional. Enquanto enfrenta forte resistência em outras regiões, a medida encontrou aliados estratégicos nos governadores do Nordeste, que defenderam publicamente a decisão como um marco para a regulamentação mais responsável das forças policiais.
Governadores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste, por outro lado, criticaram o decreto, classificando-o como uma interferência indevida do governo federal nas competências estaduais. Esses governantes pedem a revogação imediata da medida, argumentando que ela fere a autonomia dos estados e compromete a eficácia das forças de segurança locais.
Além do apoio dos governadores nordestinos, sete ex-ministros da Justiça endossaram a medida por meio de um manifesto público. Entre os nomes que se alinharam a Lula estão figuras de governos passados, como José Eduardo Cardozo (Dilma Rousseff), Tarso Genro e Luiz Paulo Barreto (Lula), Nelson Jobim e Miguel Reale Júnior (Fernando Henrique Cardoso), além de Raul Jungmann (Michel Temer).
O ex-ministro Aloysio Nunes Ferreira destacou que as críticas ao decreto têm raízes ideológicas e políticas, não práticas. “A polícia só ganha com isso. As pessoas de bem não podem temer a polícia devido ao uso desmedido da força”, afirmou em entrevista à CNN. Segundo os signatários, a resistência reflete uma combinação de interesses políticos e uma má interpretação do conteúdo do decreto.
Em uma nota oficial divulgada no último domingo (29), o Consórcio Nordeste reforçou o apoio à medida presidencial, enfatizando que o decreto não altera a autonomia dos estados nem as normativas já vigentes. A declaração busca minimizar os argumentos contrários vindos de outras regiões, posicionando a iniciativa como uma ação necessária para padronizar e modernizar as abordagens policiais em nível nacional.
Embora a discussão permaneça polarizada, a adesão dos governadores nordestinos ao decreto de Lula indica um movimento coordenado de apoio ao governo federal, especialmente em um momento político marcado por tensões regionais e disputas ideológicas.
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