Moraes libera redes sociais de investigado nos atos de 8 de janeiro
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a reativação das contas em redes sociais de Lucivânia Barbosa, ex-candidata a deputada estadual pelo PP em 2022. Lucivânia foi presa durante a operação Lesa Pátria, conduzida pela Polícia Federal, por suspeita de participação nos atos de 8 de janeiro. A decisão ocorre poucos dias após a liberação dos perfis do influenciador Bruno Aiub, conhecido como Monark.
Lucivânia teve suas contas suspensas após compartilhar imagens das manifestações daquele dia. Em decisão assinada na quarta-feira (5), Moraes declarou que, no atual estágio da investigação, o bloqueio não se faz mais necessário, mas determinou a remoção de publicações consideradas ilícitas.
Apesar da liberação, Moraes advertiu que as contas de Lucivânia poderão ser novamente bloqueadas caso ela publique, replique ou compartilhe conteúdos semelhantes aos que motivaram a decisão inicial. Segundo o ministro, essas postagens representariam “grave e ilícita desinformação e discursos de ódio, atentando contra as instituições”.
O advogado de Lucivânia, Hélio Júnior, contestou a decisão do STF e levantou preocupações sobre a liberdade de expressão no país. “Mesmo com a liberação das redes, Lucivânia permaneceu impedida de exercer seu direito fundamental de manifestação por um longo período”, afirmou Júnior. Ele defendeu que o tribunal poderia ter optado por remover apenas as postagens consideradas inadequadas, ao invés de bloquear completamente o acesso da sua cliente às plataformas digitais.
A liberação das redes de Monark e Lucivânia levanta suspeitas sobre uma possível mudança de postura do STF diante de pressões externas. O influenciador Monark, atualmente exilado nos Estados Unidos, tem denunciado supostas violações à liberdade no Brasil.
Fontes próximas ao ex-presidente americano Donald Trump indicam que algumas decisões do STF brasileiro são vistas como uma afronta diplomática séria. Há indícios de que sanções contra o Brasil estão sendo avaliadas como forma de pressionar o governo Lula e reafirmar o compromisso de Trump com a liberdade política de aliados estratégicos.
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