Moraes quebra sigilo e revela decisão sobre prisão de Braga Netto
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou a retirada do sigilo sobre a decisão que culminou na prisão do general da reserva Walter Braga Netto. A ação ocorreu na manhã deste sábado, 14, marcando um novo capítulo nas investigações sobre uma suposta conspiração golpista. Braga Netto foi vice na chapa de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.
Segundo Moraes, o sigilo inicial era necessário para garantir o cumprimento das diligências, mas, com a conclusão dessas etapas, não havia mais motivos para manter o segredo sobre o caso. “Diante do cumprimento das diligências, não há necessidade de manutenção da total restrição de publicidade”, afirmou Moraes na decisão.
A Polícia Federal prendeu o general em sua residência, localizada em Copacabana, zona sul do Rio de Janeiro. Após a detenção, ele foi encaminhado ao Comando Militar do Leste, onde permanecerá sob custódia do Exército. A operação incluiu buscas em sua residência e a apreensão de materiais relacionados à investigação.
Braga Netto, por sua vez, nega categoricamente as acusações. Em declaração à imprensa, o general afirmou: “Nunca houve plano de golpe, muito menos de assassinar alguém”.
De acordo com o relatório da Polícia Federal, Braga Netto buscou, por meio dos pais do tenente-coronel Mauro Cid, informações sobre o acordo de colaboração premiada do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. A tentativa, registrada em mensagens entre os envolvidos, coloca o general como peça central em uma possível trama para obstruir as investigações.
As mensagens revelam que os pais de Cid teriam contatado Braga Netto e o ex-ministro Augusto Heleno para negar o conteúdo da delação. Em uma troca de mensagens datada de 12 de setembro, o general Mario Fernandes relata: “A mãe e o pai dele ligaram para o Braga Netto e para o Augusto Heleno, informando que é tudo mentira!”
Durante uma operação de busca e apreensão na sede do Partido Liberal (PL), a PF encontrou um roteiro de “perguntas e respostas” relacionado à delação de Mauro Cid. O documento foi localizado na mesa do coronel Flávio Peregrino, assessor de Braga Netto à época.
Conforme aponta o relatório da PF, o material indica que o grupo tentava acessar informações sensíveis sobre o acordo de colaboração. “As perguntas indicam um esforço para obter detalhes diretamente ligados à tentativa de golpe de Estado”, informou a corporação.
Entre as questões dirigidas a Cid, uma chamava atenção: “O que foi delatado nas reuniões?” A resposta supostamente atribuída ao militar foi direta: “Nada, porque não entrava nas reuniões.”
Com o sigilo levantado e a documentação amplamente divulgada, o caso promete gerar desdobramentos significativos tanto no âmbito político quanto no jurídico. A investigação avança para determinar a real extensão do envolvimento de Braga Netto e demais envolvidos na suposta trama golpista.
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