Ministra de Lula admite falhas na apresentação das medidas de corte
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, admitiu que o governo de Luiz Inácio Lula da Silva enfrentou problemas na comunicação ao apresentar as medidas de cortes de gastos. Segundo Dweck, o Ministério da Fazenda não explicou adequadamente as propostas, o que gerou reações negativas do mercado financeiro.
No final de novembro, o ministro Fernando Haddad anunciou um pacote que prevê economia de R$ 327 bilhões em cinco anos. No entanto, a Bolsa de Valores e o câmbio reagiram negativamente, levantando preocupações sobre a clareza das propostas. “Realmente, não apresentamos as medidas de forma que ajudasse o mercado a entender”, afirmou Esther Dweck em entrevista ao Valor Econômico.
A ministra também destacou a ausência de divulgação de textos detalhados das propostas no momento do anúncio como um dos fatores que contribuíram para a má recepção. “Mostramos o impacto sem detalhar de onde vinham os números, e isso impossibilitou que as pessoas fizessem seus próprios cálculos”, explicou.
Além disso, a ausência de propostas específicas, como a revisão dos pisos de despesas em saúde e educação, também gerou apreensão no mercado. Dweck afirmou que essas áreas foram preservadas devido ao impacto reduzido que eventuais ajustes gerariam. “Optamos por manter os orçamentos de saúde e educação em patamares semelhantes aos atuais”, justificou.
Um ponto de destaque foi a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, que foi mal interpretada, segundo a ministra. A medida foi vista como uma promessa de campanha, mas o governo reforçou que o ajuste deveria atingir a todos. Para compensar a ampliação da isenção, está prevista a tributação mínima de 10% sobre rendimentos superiores a R$ 50 mil mensais.
Para assegurar o cumprimento das metas fiscais, o governo anunciou o congelamento de R$ 20 bilhões em despesas no orçamento de 2024. Essa medida é parte de um esforço contínuo para equilibrar as contas públicas, especialmente diante do crescimento das despesas obrigatórias.
Em julho, o governo já havia implementado bloqueios no orçamento, totalizando R$ 11,2 bilhões, além de contingenciar outros R$ 3,8 bilhões. Essas ações reforçam o compromisso com as regras do novo marco fiscal, que busca limitar o crescimento das despesas obrigatórias.
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