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Maduro sugere usar “tropas do Brasil” para “libertar” Porto Rico
Declaração de Maduro gera polêmica internacional
Nicolás Maduro, em mais uma de suas declarações controversas, afirmou no último sábado (11) que pretende usar as “tropas do Brasil” para alcançar a suposta “liberdade de Porto Rico”. A fala aconteceu durante o encerramento do Festival Mundial da Internacional Antifascista, evento realizado em Caracas e promovido por organizações de esquerda.
Com um tom de autoconfiança típico, Maduro declarou:
“Assim como no norte eles têm uma agenda de colonização, temos uma agenda de libertação. A agenda foi escrita por Simón Bolívar. Está pendente a liberdade de Porto Rico, e nós vamos conquistá-la, Breno. Com as tropas do Brasil. E Abreu de Lima na frente. Batalhão Abreu de Lima para libertar Porto Rico, o que acha?”
Apesar da empolgação do venezuelano, a referência a “Breno” deixou mais dúvidas do que esclarecimentos. Maduro não especificou quem seria essa pessoa, tampouco deixou claro se existe alguma conexão direta com o governo brasileiro. Além disso, o tal “Batalhão Abreu de Lima” mencionado por ele não passa de uma unidade da Polícia Militar de Pernambuco, o que reforça o caráter fantasioso de sua declaração.
Enquanto Maduro sonha em “libertar” Porto Rico com tropas alheias, a atual governadora da ilha, Jenniffer González-Colón, já deixou claro seu repúdio ao ditador. González-Colón não só rechaça as ideias de Maduro, como também reconhece o opositor Edmundo González como o presidente legítimo da Venezuela.
Em uma declaração recente, Jenniffer reafirmou seu apoio a María Corina e ao povo venezuelano que luta por liberdade:
“Edmundo González é o presidente eleito da Venezuela, e eu apoio María Corina e o corajoso povo venezuelano.”
A fala da governadora evidencia a resistência de Porto Rico às tentativas de ingerência venezuelana e reforça a desconexão de Maduro com a realidade.
As declarações de Nicolás Maduro servem mais como uma tentativa de desviar a atenção de sua própria crise interna do que como um plano realista de ação. A Venezuela enfrenta um colapso econômico e social sem precedentes, resultado direto de anos de má gestão e autoritarismo. Ao mencionar tropas de outros países, Maduro parece buscar respaldo internacional para seus devaneios, mas esbarra na falta de credibilidade.
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