Carnaval Financiado com Dinheiro Público? Macêdo Admite Equívoco
O chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, Márcio Macêdo, reconheceu um lapso administrativo no uso de verbas estatais. Macêdo admitiu que o financiamento de despesas de três assessores para acompanhar o ministro em um Carnaval fora de época em Aracaju (SE), foi um “erro formal”, conforme reportagem do Metrópoles.
Esta admissão vem em um momento crucial onde a accountability e a integridade nas finanças públicas estão sob intensa vigilância. “Houve um erro formal do meu gabinete, isso nunca mais se repetirá. Três assessores foram para Aracaju, e utilizaram passagens e recursos públicos”, declarou Macêdo, assumindo a falha e prometendo que tal incidente não ocorrerá novamente.
Comprometido com a transparência e a retidão fiscal, o ministro determinou uma sindicância para aprofundar a investigação dos fatos e garantir o ressarcimento ao erário. A investigação, que não tem Macêdo como alvo, está prevista para ser concluída em até 60 dias.
Macêdo enfatizou que a devolução dos fundos já foi realizada, pois é inaceitável qualquer prejuízo aos cofres públicos. Ele esclareceu que estava ciente da presença dos assessores em Aracaju, porém, desconhecia que estavam utilizando recursos do Estado. Admitiu ainda que os gastos ocorreram sem uma agenda oficial para os assessores, uma prática que ele garante ser inadmissível e que será corrigida.
Reforçando seu compromisso com a ética e a responsabilidade fiscal, o ministro destacou que suas despesas de viagem foram custeadas com recursos próprios. “Paguei minhas passagens em voo comercial, fora do expediente, e fui num final de semana, agenda particular, e não recebi diárias para isso”, afirmou, sublinhando sua conduta fiscalmente responsável.
Um levantamento feito pelo Metrópoles junto ao Portal da Transparência revelou que a viagem dos assessores custou R$ 18.557 ao erário. Estas despesas, agora objeto de escrutínio, foram autorizadas pelo Ministério de Gestão e Inovação e pela Presidência da República.
A situação ganha contornos ainda mais complexos com a informação de Lauro Jardim, colunista do jornal O Globo, sobre a discordância que levou ao pedido de demissão de Maria Fernanda Ramos Coelho da Secretaria-Geral da Presidência. Segundo ele, após a recusa de Coelho, o próprio Macêdo autorizou a viagem dos servidores.
Macêdo justificou a presença dos servidores em Aracaju como parte de um compromisso no Instituto Renascer Para a Vida. Contudo, não havia registros de compromissos oficiais do ministro entre os dias 2 e 5 de novembro.
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