Crise econômica e alta do dólar forçam decisão de Lula
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tomou uma medida urgente nesta segunda-feira (6) ao cancelar as férias do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A decisão foi oficializada em despacho publicado no Diário Oficial da União (DOU), destacando a gravidade do cenário econômico atual.
Inicialmente, Haddad havia planejado um período de descanso entre os dias 10 e 21 de janeiro. Contudo, a folga foi suspensa devido a uma combinação de fatores pessoais e profissionais. De acordo com o Ministério da Fazenda, o cancelamento ocorreu após a recuperação plena de Ana Estela, esposa do ministro, que havia passado por uma cirurgia no final de 2024.
A decisão de Lula ocorre em um momento crítico para a economia brasileira. Na última sexta-feira (3), o dólar encerrou o pregão cotado a R$ 6,183, refletindo a instabilidade do mercado. A alta da moeda norte-americana, combinada com a pressão de investidores, acentua a necessidade de medidas econômicas concretas, especialmente no que diz respeito à revisão dos gastos públicos.
O cancelamento das férias também reflete a urgência de ações que possam acalmar o mercado financeiro. Haddad participou, ainda nesta segunda-feira, de uma reunião estratégica com o presidente Lula, realizada no Palácio do Planalto às 10h. Essa movimentação reforça o compromisso do governo em responder rapidamente à pressão por ajustes econômicos.
Apesar do cancelamento do descanso em janeiro, Haddad ainda mantém um novo período de férias programado para os dias 11 a 20 de julho. Durante sua ausência, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, será responsável por conduzir a pasta. A medida visa garantir a continuidade administrativa enquanto o ministro estiver afastado.
A interrupção das férias do ministro da Fazenda reforça a percepção de que o governo está sob intensa pressão para oferecer respostas concretas aos desafios econômicos. A alta do dólar e as expectativas do mercado por políticas de contenção de gastos públicos tornam esse cenário ainda mais delicado, exigindo foco e ações imediatas por parte da equipe econômica.
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