Lula amplia despesas no cartão corporativo
Desde que assumiu a Presidência em janeiro de 2023, Luiz Inácio Lula da Silva não poupou esforços para expandir os gastos do cartão corporativo. Segundo dados divulgados pelo jornal O Globo, houve um aumento de 9% em comparação com os dois primeiros anos de Jair Bolsonaro. Para muitos, um reflexo claro das frequentes viagens internacionais realizadas pelo petista, que parecem ter se tornado parte de sua rotina.
Em 2024, os gastos do cartão corporativo somaram R$ 14,7 milhões. Ainda que representem uma redução em relação ao ano anterior, essa queda é atribuída à diminuição no número de viagens internacionais, e não a uma política de contenção de despesas.
Outro ponto que chama atenção é o número de sigilos de cem anos decretados pelo governo Lula, que já atingiu a marca de 3,2 mil casos. Esse número representa um crescimento de 8,4% em relação ao mesmo período da gestão Bolsonaro. Para justificar as informações mantidas longe dos olhos do público, o governo utiliza a alegação de que se trata de dados pessoais.
Curiosamente, o discurso de campanha de Lula era de transparência, mas a prática tem mostrado o contrário. A Controladoria-Geral da União (CGU) trabalha em um projeto de lei para reduzir o prazo de sigilo. Será que essa medida será realmente implementada ou é apenas mais um discurso vazio?
Entre os documentos mantidos em segredo estão a lista de visitantes da primeira-dama, Janja da Silva, e a declaração de conflito de interesses do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. O governo justifica que, por não ocupar cargo público, Janja não estaria sujeita à Lei de Acesso à Informação. Especialistas, porém, discordam, destacando o caráter público de suas atribuições.
Além disso, a lista dos militares presentes no Batalhão de Guarda Presidencial durante os atos de 8 de janeiro de 2023 também foi mantida em sigilo. Uma decisão que levanta questionamentos sobre o compromisso com a transparência prometida por Lula.
O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) também tem protagonizado episódios de sigilo. Informações relacionadas ao Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foram colocadas sob a restrição de 100 anos, ampliando ainda mais a desconfiança sobre a gestão atual.
Apesar das promessas de mudança e maior transparência, o governo Lula tem demonstrado um padrão preocupante de sigilos e gastos exacerbados.
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