Delegados da PF em São Paulo são condenados por corrupção ativa e passiva
Numa decisão marcante nesta segunda-feira, a Justiça de São Paulo condenou 14 pessoas envolvidas em um esquema de corrupção que buscava sabotar investigações da Polícia Federal (PF) de 2012 a 2015. O grupo, incluindo três delegados da PF, enfrenta acusações sérias de corrupção ativa e passiva, bem como de formação de organização criminosa.
As investigações, que culminaram com a Operação Inversão em 2016, começaram após uma denúncia de uma advogada coagida a pagar propina em troca de favorecimentos nas investigações. Este complexo esquema operava principalmente através da Delegacia de Repressão a Crimes Previdenciários (Deleprev) da PF em São Paulo, onde os delegados recebiam subornos para beneficiar criminosos envolvidos em fraudes de perícias médicas junto ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
As penas para os condenados variam entre seis e 12 anos de prisão. Apesar da gravidade dos crimes, todos os envolvidos podem recorrer em liberdade. Adicionalmente, a 9ª Vara Federal Criminal de São Paulo determinou a remoção dos condenados de suas funções públicas, uma medida que reforça o compromisso do sistema judicial em combater a corrupção dentro de instituições estatais.
Um aspecto notável deste caso é a revelação de que um empresário, já falecido, que possuía uma consultoria previdenciária, era um dos principais beneficiários das irregularidades. Ele foi identificado como o cabeça das ações corruptas e, embora não tenha sido condenado devido ao seu falecimento, suas ações expuseram a profundidade da corrupção no sistema.
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