Polêmica à vista: José Dirceu afirma que merece disputar eleições em 2026

José Dirceu mira 2026 e fala em “justiça” por mandato cassado

O ex-ministro e ex-deputado federal José Dirceu (PT) não cansa de surpreender. Em entrevista ao jornal O Povo, ele revelou estar considerando disputar uma vaga como deputado federal por São Paulo nas eleições de 2026. A decisão, segundo Dirceu, será tomada até o final de 2025, exatamente 20 anos após a cassação de seu mandato em decorrência do escândalo do Mensalão. Para ele, o episódio foi “puramente político”, e nada mais justo do que pedir ao povo uma chance de voltar à Câmara

Dirceu, sempre hábil em se posicionar como vítima, descreveu o processo de cassação como uma injustiça, afirmando que a decisão teve o único objetivo de afastá-lo da política institucional. “Foi uma cassação política, totalmente política, para me tirar da vida política institucional do País”, declarou, com a habitual convicção.

Na mesma entrevista, Dirceu deixou claro que considera um mandato parlamentar como uma ferramenta crucial para ampliar sua atuação política. Embora tenha se dedicado, nos últimos anos, à renovação do PT e à ajuda ao governo Lula, ele acredita que poderia fazer muito mais caso estivesse oficialmente em um cargo eletivo. Segundo ele, ter um mandato o colocaria em uma posição privilegiada para contribuir com o partido e com o presidente.

“Eu podia ajudar o governo como cidadão, advogado e político, mas sem cargos. Agora, com mandato, posso ajudar ainda mais o partido e o presidente”, afirmou Dirceu, já esboçando sua futura campanha. O tom de “merecimento” permeia suas falas, reforçando a narrativa de que sua cassação foi injusta e que ele tem o direito de pleitear um retorno ao Congresso.

Com essas declarações, José Dirceu já começa a movimentar o tabuleiro político para 2026. Embora tenha dito que tomará a decisão apenas no final do próximo ano, suas declarações sugerem que ele já está em campanha. Resta saber se o eleitorado paulista estará disposto a conceder a ele o que ele acredita ser “de direito” ou se preferirá seguir por novos caminhos, deixando o ex-ministro no passado político que ele tenta reviver.

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