Aumento do desemprego impacta 8,3 milhões de brasileiros
Após encerrar 2023 com nove quedas consecutivas, a taxa de desemprego no Brasil registrou alta no trimestre finalizado em janeiro, alcançando 7,6%. Este índice representa o menor patamar para o mês desde 2015, conforme aponta a mais recente edição da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad Contínua), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira (29).
O estudo revelou que, apesar de uma ligeira redução na comparação anual, o Brasil ainda possui 8,3 milhões de cidadãos fora do mercado de trabalho. A pesquisa indicou uma diminuição de 703 mil no número de desempregados ao longo do último ano.
Atualmente, o país conta com 100,5 milhões de indivíduos empregados, observando-se um modesto incremento nesse número. Dentre estes, 37,9 milhões possuem registro em carteira no setor privado, representando um crescimento de 1,1 milhão de trabalhadores com carteira assinada, incluindo empregados domésticos, em comparação ao ano anterior.
Por outro lado, o contingente de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado manteve-se estável no trimestre, totalizando 13,4 milhões. Ao longo do ano, esse segmento expandiu-se, adicionando 335 mil pessoas.
Recordando, entre o final de 2015 e início de 2017, o Brasil atravessou sua mais grave crise econômica, com o Produto Interno Bruto (PIB) trimestral despencando até 4,5%. Para contextualizar, a recessão vivenciada durante a pandemia em 2020 registrou queda de 3,3%.
O rendimento médio dos trabalhadores brasileiros situou-se em R$ 3.034, sem grandes alterações em relação ao trimestre anterior. Notavelmente, funcionários públicos, assim como profissionais das áreas de defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, perceberam um ajuste salarial médio de R$ 94.
Em comparação ao trimestre de novembro de 2022 a janeiro de 2023, trabalhadores da indústria experimentaram um aumento salarial de 5,3% (equivalente a R$ 152), enquanto empregados do setor de comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas viram seus salários subir, em média, R$ 125.
A massa de rendimento real habitual alcançou R$ 305,1 bilhões em janeiro de 2024, estabelecendo um novo recorde para a série histórica iniciada em 2012.
A população desalentada, ou seja, aqueles que desistiram de procurar emprego, manteve-se estável em 3,6 milhões quando comparada ao trimestre anterior, marcando um recuo de 9,8% (ou 388 mil pessoas a menos) em relação ao ano.
A taxa de subutilização, que engloba desocupados, subocupados por insuficiência de horas e potenciais forças de trabalho, registrou 17,6%.
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