Investigação da PF contra desinformação sobre o Pix é anunciada pela AGU
A Advocacia-Geral da União (AGU) anunciou, nesta quarta-feira (15), que pedirá à Polícia Federal a abertura de um inquérito para apurar a chamada “desordem informacional” relacionada ao uso do Pix. A ação foi motivada por uma intensa mobilização nas redes sociais após a polêmica proposta de monitoramento do sistema de pagamentos ter sido apresentada — e rapidamente revogada — pelo governo Lula.
A regra, defendida pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e pelo secretário da Receita Federal, Robinson Barreirinhas, buscava ampliar o controle sobre as transações financeiras realizadas via Pix. No entanto, a proposta foi alvo de críticas massivas, gerando uma verdadeira tempestade digital que uniu cidadãos comuns, comerciantes e grupos políticos em oposição à medida. Resultado? A norma foi revogada em tempo recorde.
O ministro da AGU, Jorge Messias, afirmou que a disseminação de informações erradas teria levado muitos cidadãos e comerciantes a caírem em golpes contra a economia popular. Durante coletiva de imprensa, ele não economizou nos adjetivos, classificando os responsáveis como “criminosos”. Messias também apontou que o uso indevido de símbolos e logomarcas do governo federal foi identificado, o que, segundo ele, agrava ainda mais a situação.
Além de envolver a Polícia Federal, a AGU acionará a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), vinculada ao Ministério da Justiça, para aprofundar as investigações. Em um esforço para limpar a própria imagem, o governo também mobilizará Procons estaduais e outras entidades na realização de campanhas educativas sobre o uso correto do Pix.
A revogação da norma, vista por muitos como uma tentativa desastrosa de ampliar a vigilância financeira, trouxe à tona um governo acuado, que agora busca direcionar a narrativa contra os “desinformantes”. Para muitos críticos, a reação da AGU é mais um episódio que evidencia a incapacidade do atual governo de dialogar com a sociedade antes de impor mudanças que afetam diretamente a população.
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