Inflação acima da meta e dólar em alta: veja as novas previsões do mercado para 2024

Mercado financeiro revisa expectativa de inflação para 2024 e ajusta projeções para 2025 e 2026

O mercado financeiro elevou novamente suas expectativas de inflação para 2024 e para os anos seguintes, conforme dados divulgados no Boletim Focus, nesta segunda-feira, 4. Consultados pelo Banco Central, especialistas projetam que o índice inflacionário deste ano alcance 4,59%, superando a margem de tolerância da meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Este valor marca um aumento em relação à semana anterior, quando a expectativa era de 4,55%.

Para 2025, a projeção subiu de 4% para 4,03%, enquanto em 2026 o índice foi ajustado de 3,60% para 3,61%. A expectativa para 2027, no entanto, manteve-se em 3,50%. Esses ajustes reforçam a visão de um cenário econômico desafiador, com a inflação permanecendo acima das metas definidas, o que tem gerado receios sobre os impactos nas taxas de juros e na recuperação econômica do país.

Taxa de Juros Mantida

O Boletim Focus também trouxe a previsão do mercado para a taxa Selic. Para 2024 e 2025, a expectativa foi mantida em 11,75% e 11,25%, respectivamente. No entanto, para 2026, a taxa subiu de 9,50% para 9,75%, e para 2027, foi revisada de 9% para 9,25%. Esse ajuste sinaliza que o mercado continua cauteloso com a possibilidade de uma pressão inflacionária persistente.

Alta do PIB e Valorização do Dólar

Apesar das pressões inflacionárias, economistas consultados demonstraram otimismo em relação ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2024, elevando a projeção de 3,08% para 3,10%. Já para 2025, 2026 e 2027, as estimativas foram mantidas em 1,93%, 2%, e 2%, respectivamente, apontando para um crescimento moderado nos próximos anos.

No câmbio, o dólar é projetado para fechar 2024 em R$ 5,50, contra R$ 5,45 da previsão anterior. Para os próximos anos, as projeções subiram para R$ 5,43 em 2025 e R$ 5,40 em 2026 e 2027. Essa alta no câmbio pode impactar o custo de produtos importados, intensificando ainda mais os desafios inflacionários que o mercado antecipa.

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