Produtos agropecuários pressionam inflação e preocupam consumidores
A inflação de alimentos continua como uma das principais preocupações para 2025, especialmente com o impacto de produtos agropecuários essenciais, como café, carnes e açúcar. Essas commodities, amplamente utilizadas na cesta básica, apresentam tendências de alta nos preços, pressionando o custo de vida dos brasileiros.
De acordo com especialistas, o aumento esperado dessas categorias reflete em grande parte as condições climáticas adversas e limitações na produção, além de fatores externos como a valorização do dólar. Produtos como leite, óleo de soja e hortaliças também apresentam potencial inflacionário significativo, intensificando o alerta para o orçamento das famílias.
As carnes devem liderar o aumento da inflação alimentar em 2025. Segundo a economista Gabriela Faria, da Tendências Consultoria, os preços ao produtor podem subir até 16,6%, impactando diretamente o consumidor final. Essa elevação ocorre devido a fatores como o custo de produção e a alta demanda.
A produção limitada de café e açúcar também preocupa. A alta de preços dessas commodities, que já vem sendo observada, pode atingir novos recordes, caso as condições climáticas e logísticas não melhorem. O café, em especial, ainda não teve seu aumento totalmente repassado ao consumidor, sugerindo maiores elevações no varejo.
Por outro lado, grãos como soja e milho devem manter estabilidade nos preços, proporcionando um alívio parcial na pressão inflacionária geral. Segundo analistas, não há expectativas de altas significativas para essas commodities.
A seca histórica registrada no ano anterior ainda afeta o setor de hortifrútis. Conforme Cesar de Castro Alves, gerente da consultoria Agro do Itaú BBA, as condições climáticas nos próximos dois meses serão cruciais para determinar a recuperação das lavouras e a estabilidade dos preços.
Outro fator determinante é a cotação do dólar. De acordo com José Carlos Hausknecht, sócio-diretor da MB Agro, um dólar acima de R$ 6 pode intensificar a pressão inflacionária, exigindo uma política monetária mais restritiva para conter os impactos no mercado interno.
O governo segue monitorando o cenário inflacionário, mas enfrenta dificuldades devido à resistência na queda de preços dos alimentos. A ausência de medidas fiscais consistentes e a alta nos preços globais de commodities agrícolas adicionam incertezas ao panorama econômico.
Com a projeção de aumento de 6,2% no IPCA alimentos em 2025, os consumidores devem se preparar para um ano de desafios, especialmente em relação aos produtos básicos da cesta alimentar.
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