Haddad responsabiliza Trump pelo aumento dos preços no Brasil
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, declarou que a eleição de Donald Trump, nos Estados Unidos, no final de 2024, contribuiu para a valorização do dólar, impactando diretamente os preços dos combustíveis e alimentos no Brasil. Segundo ele, essa alta cambial teria impulsionado a inflação, afetando o bolso dos brasileiros.
“Depois da eleição do Trump, houve uma disparada no dólar. Como exportamos gasolina e diesel, isso refletiu diretamente nos preços internos”, afirmou Haddad, tentando justificar o recente aumento dos combustíveis.
Apesar da recente desvalorização da moeda americana, que passou de R$ 6,10 para R$ 5,80, o ministro afirmou que a tendência de alívio inflacionário dependeria também de uma safra recorde prevista para 2025 e do fim do ciclo do boi, fatores que poderiam contribuir para a estabilização dos preços.
Haddad critica privatização das refinarias e responsabiliza empresários
O ministro não parou por aí. Durante a entrevista, Haddad também apontou a privatização das refinarias como um dos responsáveis pelo aumento dos preços dos combustíveis. Ele criticou o processo iniciado no governo Michel Temer e concluído na gestão de Jair Bolsonaro, alegando que a lógica de mercado adotada pelos novos proprietários tem pressionado os preços para cima.
“Os preços subiram no exterior, e os empresários querem lucrar, então buscam o melhor negócio”, declarou o ministro, tentando justificar os reajustes.
Enquanto isso, a Petrobras anunciou recentemente um aumento de 6% no preço do diesel, elevando o valor médio para R$ 3,72 por litro. Esse foi o primeiro reajuste da estatal em mais de um ano. O último ajuste havia sido uma redução de 7,9% em dezembro de 2023.
A declaração de Haddad gerou repercussão e questionamentos entre economistas e analistas do mercado, que veem a postura do ministro como uma tentativa de transferir responsabilidades, em vez de enfrentar os desafios econômicos do país com soluções eficazes.
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