Governo Federal Desembolsa Fortuna de R$ 83,4 Milhões
O governo federal não poupou esforços — nem cifras — para realizar a Cúpula do G20 e o festival apelidado de “Janjapalooza”. Os eventos, promovidos no segundo semestre de 2024, no Rio de Janeiro, consumiram nada menos que R$ 83,4 milhões dos cofres públicos, conforme detalhado em um acordo de cooperação internacional entre estatais brasileiras e a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).
Quatro estatais brasileiras participaram ativamente do financiamento desses eventos: Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Petrobras. Cada uma delas destinou até R$ 18,5 milhões ao projeto, totalizando R$ 74 milhões. A OEI, por sua vez, foi responsável por organizar o encontro de líderes que, em teoria, tinha como objetivo discutir questões relevantes, como o combate à fome e a transição energética.
Enquanto o BNDES afirmou que seu apoio financeiro se limitou à cúpula diplomática, a Petrobras revelou ter investido R$ 12,9 milhões no total. Já o Ministério da Cultura (MinC) anunciou um gasto de R$ 77,3 milhões, com recursos provenientes exclusivamente de estatais e da Prefeitura do Rio de Janeiro, garantindo que não houve participação de empresas privadas.
Os números exorbitantes levantam dúvidas sobre a real necessidade de tamanhos gastos, principalmente em um país onde prioridades como saúde, educação e segurança frequentemente carecem de investimentos adequados. Eventos como o “Janjapalooza”, em particular, destacam-se pela ironia: enquanto líderes discutiam o combate à fome, milhões foram destinados a produções culturais e festas de luxo.
A ausência de financiamento privado também chama atenção, sugerindo que toda a conta foi repassada diretamente ao bolso dos contribuintes. Assim, mais uma vez, o governo Lula se depara com críticas sobre a gestão e alocação de recursos públicos.
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