Gilmar Mendes critica Lava Jato, aponta má reputação para Curitiba e ataca Moro e Dallagnol
Durante uma cerimônia na Câmara Legislativa do Distrito Federal, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, aproveitou a oportunidade para direcionar duras críticas ao ex-juiz Sergio Moro (União-PR) e ao ex-procurador Deltan Dallagnol (Novo-PR). Em discurso marcado por alfinetadas, Mendes afirmou que as ações da Operação Lava Jato trouxeram má fama para a cidade de Curitiba.
Recebendo o título de cidadão honorário de Brasília, o ministro ironizou a reputação da força-tarefa. “Não é a Curitiba que ficou mal-afamada por conta desses episódios de Moro, Dallagnol e companhia. Era a Curitiba que trilhava senhas para um outro Brasil que trilhamos e que foi extremamente importante”, disse Mendes, alfinetando os protagonistas da operação.
Gilmar Mendes relembrou um evento de sua juventude, destacando sua participação no 7° Congresso da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Curitiba, em 1978. Na ocasião, debates históricos ocorreram, liderados pelo jurista Raymundo Faoro, com temas como anistia e habeas corpus, fundamentais para a redemocratização do Brasil. Mendes destacou a importância do evento enquanto fazia questão de contrastar com o que chamou de “mal-afamada” Lava Jato.
O deputado Ricardo Vale (PT), autor da homenagem, não perdeu a oportunidade de reforçar a narrativa do ministro, elogiando sua postura. “Foi o ministro Gilmar Mendes a primeira autoridade do Judiciário a se manifestar publicamente contra os desmandos que vinham ocorrendo na famigerada operação Lava Jato”, afirmou Vale.
Como esperado, Sergio Moro, um dos alvos das críticas, respondeu de forma direta e objetiva. Usando o X, antigo Twitter, o senador declarou: “Amamos Curitiba e o Paraná, e ninguém se importa com a opinião de Gilmar Mendes sobre nossa terra”. A resposta foi amplamente compartilhada por seus apoiadores.
A Operação Lava Jato, liderada por Sergio Moro e Deltan Dallagnol, foi um dos maiores marcos do combate à corrupção no Brasil. Entretanto, suas decisões e métodos foram revertidos nos últimos anos. Em 2021, o STF considerou Moro parcial nos julgamentos envolvendo o ex-presidente Lula e anulou suas condenações.
Já Dallagnol, além de perder o mandato de deputado federal após decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), foi condenado a pagar R$ 75 mil por danos morais a Lula, devido à famosa apresentação de PowerPoint que ligava o ex-presidente a um esquema de corrupção.
As críticas de Gilmar Mendes, somadas às respostas incisivas de Moro, mostram que o debate sobre a Lava Jato ainda está longe de acabar. Entre ironias e trocas de farpas, o legado da operação continua sendo pauta nacional e divide opiniões no cenário político.
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