O contexto da tensão entre o General e o Ministro da Defesa
Em um momento de crescente tensão no governo Lula, o General Marco Antonio Amaro dos Santos confronta firmemente o Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, a respeito da politização das Forças Armadas e a participação de militares em cargos políticos.
A fala do Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho
O Ministro da Defesa, José Múcio Monteiro Filho, abordou a questão da politização das Forças Armadas em um evento no Rio de Janeiro. Ele afirmou que os militares que se aventuram na política devem permanecer nesse campo e não retornar aos quartéis. Em suas palavras:
“Quando vai para a política, você começa com o proselitismo da candidatura e das ideias. Quando perde a eleição, você volta com isso aos quartéis, começa a criar grupos políticos e perde o foco principal das Forças Armadas. Acho que, se quer ir para a política, vá. Mas se for, fica lá”.
A resposta do General Marco Antonio Amaro dos Santos
O General Marco Antonio Amaro dos Santos, que assumiu recentemente o Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência, respondeu às declarações do Ministro da Defesa em entrevista ao jornal Valor. Ele destacou a necessidade de que as regras se apliquem a todas as carreiras de Estado:
“Isso vai valer para outras carreiras de Estado? Se valer, concordo plenamente. É uma opinião pessoal”.
O General Amaro dos Santos ainda salientou a importância de estabelecer limites para a permanência de militares em cargos políticos:
“Se você é um militar e é convidado para um cargo qualquer em um ministério qualquer, por exemplo, só pode passar no máximo dois anos. Você, obrigatoriamente, tem que retornar à Força em dois anos ou passará para a reserva”.
Ele também ponderou que a politização das Forças Armadas pode não ser um fenômeno generalizado, mas sim pontual:
“Houve uma coisa episódica, não foi geral. Acho meio forte afirmar que houve um processo de politização das Forças Armadas. Com algumas pessoas, alguns nichos, pode ter ocorrido, mas não foi uma coisa institucionalizada. São pessoas, não a instituição.”
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