Dino Sinaliza Saída do Ministério da Justiça e Deixa Mais de 100 Convocações Parlamentares sem Resposta
A recente movimentação política em Brasília tem colocado Flávio Dino, atual Ministro da Justiça, sob os holofotes. Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva para uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF), Dino se encontra em uma posição delicada. Aparentemente se afastando do Ministério da Justiça, ele busca agora navegar por um cenário repleto de desafios, incluindo um histórico de relações conturbadas com o Congresso Nacional.
Desde sua nomeação, Dino acumulou um número significativo de convocações para depor perante o parlamento, totalizando impressionantes 97 convocações ignoradas. Essa postura tem reforçado uma percepção de tensão entre ele e diversas instâncias do poder legislativo. Nesta segunda-feira (27), um movimento estratégico foi observado, com Dino iniciando o processo de aproximação com o Senado, um ritual conhecido como “beija-mão”, em busca de aprovação para sua indicação ao STF.
Contudo, a oposição, já se articulando, promete não facilitar sua jornada. O embate promete ser acirrado, especialmente ao se considerar o recente caso do ministro Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula, cuja aprovação no Senado por 58×18 votos veio após superar consideráveis resistências. Comparativamente, Dino pode não encontrar um caminho tão suave, evidenciado pelo seu histórico controverso com o parlamento.
O estilo por vezes considerado debochado de Dino não passou despercebido, rendendo-lhe 97 pedidos de convocação somente na Câmara dos Deputados, além de diversas outras solicitações de informações e convites. Na CPI do 8 de janeiro, realizada no Senado, Dino foi alvo de 15 pedidos de convocação e outros quatro pedidos de quebra de sigilo telemático, demonstrando a extensão do descontentamento parlamentar com sua gestão.
Figuras de peso no cenário político, como Magno Malta (PL-ES), já expressaram ceticismo e resistência à indicação de Dino, relembrando episódios anteriores onde indicações de Lula foram rejeitadas, como no caso da Defensoria Pública da União (DPU). Malta, enfatizando sua fé, declarou: “confiando em Deus, rejeitaremos esta também”. Por outro lado, Eduardo Girão (Novo-CE) expressou preocupações sobre a politização do STF, questionando a prudência de nomear um político para o tribunal.
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