Correios aceleram gasto milionário com publicidade suspeita
Em meio a um déficit bilionário que já ultrapassa R$ 3,2 bilhões e com previsão de agravamento em 2025, os Correios estão prestes a concluir uma licitação para serviços de publicidade no valor de até R$ 380 milhões por ano. A informação foi divulgada pelo portal Poder360. A contratação deve ser finalizada na primeira semana de abril.
Das quatro agências finalistas na disputa, três possuem ligações diretas ou indiretas com escândalos envolvendo o Partido dos Trabalhadores (PT), legenda do atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A estatal, que acumula prejuízo de R$ 424 milhões somente em janeiro de 2025, enfrenta uma grave crise financeira.
Agências finalistas e ligações com escândalos
- Cálix Comunicação e Publicidade Ltda (1º lugar): pertence a Marcello Oliveira Lopes, conhecido como Marcellão, ex-policial e ex-assessor do ex-governador do DF, Agnelo Queiroz (PT). Lopes foi citado em investigações da Polícia Federal envolvendo interceptações ilegais e possíveis vínculos com o grupo de Carlinhos Cachoeira.
- Filadélfia S.A. (2º lugar): tem como sócia Érica Fantini Santos, enteada de José Roberto Moreira de Melo, ex-sócio de Marcos Valério, figura central no escândalo do Mensalão. A agência já mantém contrato de R$ 13,9 milhões com o Ministério das Comunicações.
- Puxe Comunicação Ltda (3º lugar): pertence a Francisco Borges Simas, filho de Cláudio Diniz Simas, condenado por improbidade administrativa durante a gestão do PT na Prefeitura de Santos (SP).
A única agência finalista sem vínculos públicos com escândalos políticos é a Jotacom Comunicação, atualmente na quarta posição.
Correios ignoram crise e retomam investimentos em publicidade
Apesar do cenário financeiro desfavorável, os Correios defendem que a licitação segue todos os trâmites legais e que não há impedimentos formais contra nenhuma das concorrentes. Chama atenção o fato de que grandes agências tradicionais do setor não chegaram à fase final do certame.
A estatal se encontra atualmente na fase de análise de recursos das agências desclassificadas, o que ainda pode alterar o resultado da disputa.
Durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), os Correios suspenderam contratos de publicidade sob o argumento de que a empresa já possuía ampla visibilidade nacional e que os recursos deveriam ser destinados à reestruturação da estatal. Com a volta de Lula ao poder, os investimentos em comunicação foram retomados, mesmo diante do agravamento das contas públicas.
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