Manipulação de Dados Financeiros Via WhatsApp: A Revelação Bombástica do CEO da Americanas
Em um depoimento surpreendente na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) destinada a investigar a crise das Lojas Americanas, o atual CEO da varejista, Leonardo Pereira, revelou que ex-diretores da empresa usaram a plataforma de mensagens WhatsApp para orquestrar uma fraude financeira de grande escala.
Segundo Pereira, os diretores em questão encaminhavam ao Conselho de Administração da Americanas e ao mercado, dados financeiros manipulados. “Os documentos não apontam para a participação do Conselho de Administração ou dos acionistas”, afirmou o CEO na terça-feira, dia 13. “Se eles estiverem envolvidos, e as investigações ainda estão em andamento, serão devidamente responsabilizados.”
A fraude descrita por Pereira envolvia operações conhecidas como “risco sacado”, que consistem na antecipação de recebíveis, uma linha de crédito que permite às empresas receber antecipadamente por suas vendas. De acordo com Pereira, os ex-diretores negavam aos auditores a realização destas operações, permitindo a criação de um lucro artificial e a redução do custo de aquisição de mercadorias.
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O CEO revelou também que aproximadamente 30 funcionários estão sob investigação por possível envolvimento na fraude. Enquanto medidas adicionais estão sendo planejadas em relação à fraude, Pereira negou que a Americanas tenha um plano de demissões em massa.
Segundo o relato do CEO, a antiga diretoria reportava um prejuízo operacional (Ebitda) de R$ 733 milhões em um relatório conhecido como “visão interna”. Depois, os mesmos dados eram manipulados e apareciam em um novo relatório, chamado “visão conselho”, onde um lucro artificial próximo a R$ 3 bilhões era apresentado.
Pereira foi enfático ao dizer que “Pode-se criar um lucro a partir de uma planilha, mas não se cria caixa. Para isso, é preciso de um empréstimo bancário. Aqui, entra o risco sacado que era negado pela diretoria aos auditores e contabilizado na conta de fornecedores.”
Durante a CPI, Pereira ressaltou que o foco dos credores financeiros, fornecedores e acionistas da Americanas é a aprovação do plano de recuperação judicial da empresa.
O CEO finalizou seu depoimento garantindo que todas as informações acerca da fraude serão compartilhadas com a CPI, a Polícia Federal, o Ministério Público e a Comissão de Valores Mobiliários.
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