A Adaptação da Produção ao Mercado Impõe Desafios à Volkswagen
Num momento de instabilidade no setor automobilístico, a Volkswagen do Brasil acaba de anunciar a suspensão de contratos de trabalho de 800 metalúrgicos na sua fábrica localizada em Taubaté, São Paulo. Este cenário preocupante foi compartilhado pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté nesta segunda-feira, 17 de julho.
De acordo com a entidade sindical, a suspensão ocorrerá a partir do dia 1º de agosto, estendendo-se por um período entre dois a cinco meses. A montadora justificou esta ação como uma estratégia para adequar a produção às demandas do mercado.
Notavelmente, a decisão da Volkswagen surge mesmo após a recente implementação de incentivos por parte do governo federal para a compra de carros novos, medida que beneficiou direta e indiretamente o setor. A montadora inclusive chegou a afirmar que não recorreria mais à suspensão de contratos de trabalho neste ano, após o mencionado estímulo governamental.
A fábrica em Taubaté, que produz o modelo Polo Track, emprega atualmente 1.300 funcionários. Isso significa que a medida afeta diretamente cerca de 61% da força de trabalho da unidade.
“A Volkswagen do Brasil informa que a fábrica de Taubaté protocolou layoff para um turno de produção, iniciando em 1º de agosto, a princípio com duração de 2 meses”, afirmou a montadora em comunicado à imprensa sem dar mais detalhes.
O recurso à suspensão de contratos de trabalho, apesar de drástico, está previsto em acordo coletivo firmado entre o sindicato e funcionários da montadora, sendo considerado uma ferramenta de flexibilização laboral.
A suspensão ocorre num momento em que o modelo Polo Track ocupa a segunda posição do segmento de automóveis, com 37,7 mil unidades vendidas de janeiro a junho, de acordo com dados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). O modelo está apenas atrás do Onix, da General Motors, que registrou emplacamentos de 44,1 mil unidades.
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