Bolsonaro critica as posições políticas de Lula e o associa a regimes autoritários
Na noite desta segunda-feira (24), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) protagonizou mais um episódio do embate político com Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Durante uma entrevista à CNN Brasil, Bolsonaro afirmou que o presidente Lula, que recentemente declarou seu orgulho pelo comunismo, não compreende o que significa verdadeiramente a democracia. Para Bolsonaro, a versão de democracia defendida por Lula é a mesma praticada por líderes controversos como Fidel Castro, Nicolás Maduro e Daniel Ortega.
“Não persegui ninguém enquanto presidente. Para quem diz se orgulhar do comunismo, jamais saberá o que é a democracia. Infelizmente, a democracia que ele [Lula] conhece é a de Fidel Castro, de Nicolás Maduro, de Daniel Ortega”, disparou Bolsonaro, numa referência clara às figuras políticas, frequentemente apontadas como autoritárias.
Essas declarações do ex-presidente foram dadas em resposta ao discurso de Lula no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, neste último domingo (23). Durante a cerimônia de posse da nova diretoria do sindicato, Lula defendeu que o bolsonarismo ainda não foi derrotado e se referiu aos apoiadores de Bolsonaro como “malucos”.
“Vocês têm que estar preparados, porque nós derrotamos o Bolsonaro, mas não derrotamos os bolsonaristas ainda. Os malucos estão na rua, ofendendo pessoas, xingando pessoas como aconteceu esses dias com Alexandre de Moraes, no Aeroporto de Roma, que um canalha não só o ofendeu, como bateu no filho dele”, disse Lula.
Na ocasião citada por Lula, Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália, em 14 de julho. O filho do magistrado teria sido agredido durante a confusão. A Polícia Federal identificou os agressores, que já prestaram depoimento.
Apesar das críticas acirradas e da polarização política, Lula defendeu a necessidade de harmonia entre os que possuem opiniões políticas divergentes.“ Nós vamos dizer para eles que a gente quer fazer com que este país volte a ser civilizado. As pessoas não têm que se gostar. Tem apenas que se respeitar. Isso é democracia”, concluiu o presidente.
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