Alckmin comenta a alta do dólar
O vice-presidente e ministro da Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, trouxe à tona uma de suas célebres frases nesta terça-feira, 3. Ao ser questionado sobre a disparada do dólar, que atingiu impressionantes R$ 6,069 na última segunda-feira, ele minimizou a preocupação do mercado, afirmando: “Do mesmo jeito que sobe, cai”. A declaração ocorreu em meio a um cenário econômico pressionado e à expectativa de aprovação de medidas fiscais no Congresso.
O governo Lula enviou recentemente um pacote de ajustes fiscais com a promessa de reduzir despesas a curto, médio e longo prazo. Entre as propostas está a isenção de imposto de renda para salários de até R$ 5 mil mensais. Contudo, o mercado financeiro parece pouco impressionado, já que o anúncio das medidas, feito em 27 de novembro, não evitou que o dólar escalasse ao seu valor mais alto.
Alckmin insiste que as turbulências são passageiras, mas sua tentativa de tranquilizar o mercado parece um ato de otimismo – ou será desdém? Enquanto o pacote fiscal aguarda aprovação, os impactos reais ainda deixam os economistas céticos.
Enquanto Alckmin mantém seu otimismo sobre a volatilidade do dólar, Gabriel Galípolo, atual diretor de Política Monetária do Banco Central e futuro presidente da autarquia, seguiu um discurso técnico e distante de qualquer promessa mirabolante. Durante um evento promovido pela XP Investimentos, Galípolo deixou claro que o BC não intervirá na cotação da moeda, mesmo após o dólar ultrapassar a barreira dos R$ 6.
“O câmbio flutuante é um dos pilares da nossa matriz econômica”, afirmou Galípolo. Segundo ele, a atuação do BC é limitada a casos de “disfuncionalidade” do mercado cambial. Ou seja, nada de medidas heroicas para conter a desvalorização da moeda. Apesar de o Brasil dispor de reservas cambiais em torno de R$ 370 bilhões, o diretor frisou que “segurar o câmbio no peito” não é uma prática da instituição.
Galípolo também abordou a sazonalidade de final de ano, mencionando o envio de dividendos para o exterior como um fator que aumenta a pressão sobre o dólar. A mensagem, no entanto, foi clara: o BC seguirá fiel à sua política de não intervenção direta.
Com o pacote fiscal enviado ao Congresso, o governo tenta reverter a crise de credibilidade que se instaurou. Contudo, as medidas apresentadas, apesar de promissoras no papel, parecem insuficientes para estabilizar o mercado e conter o avanço do dólar.
Entre as propostas, a isenção de imposto de renda para quem ganha até R$ 5 mil é uma promessa atrativa, mas os analistas questionam sua viabilidade prática frente ao aumento de despesas do governo. Enquanto isso, o Congresso avalia as medidas, cuja aprovação ainda em dezembro é tratada como essencial para alcançar o déficit primário zero e trazer algum alívio econômico.
A fala de Alckmin sobre o dólar talvez tenha sido um esforço para apaziguar os ânimos, mas acabou soando mais como ironia frente ao cenário atual. A questão que permanece é: será que as “transitoriedades” que ele tanto defende irão se confirmar ou estamos diante de mais uma promessa vazia do governo?
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