Viúva aponta negligência na morte do possível doador do coração de Faustão
A recente morte do pedreiro Fábio Cordeiro da Silva, de 35 anos, gerou grande repercussão não apenas pelo fato de ter tido oito órgãos doados, mas também pela suspeita de sua esposa, Jaqueline Boneti, de que o coração de Fábio tenha sido o novo órgão de Fausto Silva. O apresentador, mais conhecido como Faustão, passou por um transplante cardíaco um dia após a fatalidade envolvendo o pedreiro. O que agrava essa história é a acusação de Jaqueline: “Omitiram socorro”, afirma ela, apontando a empresa onde Fábio trabalhava por sua morte.
Em 23 de agosto, Fábio sofreu um AVC enquanto estava trabalhando em um apartamento em obras no litoral paulista. Tragicamente, ele estava sozinho. Somente no dia seguinte foi encontrado, desacordado, mas ainda consciente. O detalhe que amplifica o desespero de Jaqueline é que, segundo ela, a obra deveria ter sido encerrada às 18h. Para ela, é inconcebível que o porteiro e a segurança do prédio não tenham tomado iniciativa de procurar pelo pedreiro, que ficaram horas sem se comunicar com sua família.
Em uma entrevista emocionante ao programa Domingo Espetacular, da Record, Jaqueline declarou: “Eu achei a coisa mais revoltante da face da terra. Isso foi omissão de socorro”. A dor da viúva é ainda mais palpável quando ela se refere à casa em que moravam em Mangaratiba: “Não tem uma parte dessa casa que eu não me lembre dele”.
Apesar do profundo luto, a decisão de doar os órgãos de Fábio não foi casual. Era um desejo dele, expressado enquanto ainda estava vivo. Jaqueline, em seu relato emocionado, reflete: “Eu sou mãe, e imaginei outra mãe rindo [com o coração doado], mesmo eu aqui chorando”.
O sistema de transplante de órgãos no Brasil é gerenciado pelo SUS. Por lei, a identidade tanto do receptor quanto do doador é mantida em sigilo, acessível somente a especialistas. Assim, a suposição de que o coração de Fábio tenha ido para Faustão ainda não tem confirmação oficial.
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