Um Desabafo Aberto: Tabata Amaral Revela Insatisfação com Governo Lula
Tabata Amaral, a proeminente congressista federal do PSB-SP, que outrora ‘fez o L’ e apoiou a candidatura de Lula, agora expressa sua decepção com o atual governo. Ela acredita que, em meio ano de gestão, as ações executivas não atingiram as expectativas prometidas, provocando um sentimento de descontentamento entre os seus apoiadores.
“É uma frustração”, afirmou a parlamentar em uma entrevista recente ao jornal O Estado de S. Paulo. A desilusão com o líder do PT, Lula, era evidente em suas palavras. “Quando eu indico que é um equívoco financiar um orçamento clandestino, é porque estou comprometida com a luta contra a corrupção. Quando ressalto que é errado elogiar a ditadura de Maduro, é porque sustento que nenhuma forma de ditadura merece louvor, seja de direita ou esquerda. Esses sentimentos de frustração e os pontos que levanto, que muitas vezes não são compreendidos, emanam desse compromisso. Tenho um temor profundo de que possamos novamente ter alguém como Bolsonaro no poder”, explicou ela.
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Tabata também expressou pesar por Lula ter descumprido a promessa de abolir as emendas de relator. Na semana passada, o líder do PT desbloqueou R$ 9 bilhões do chamado “orçamento secreto”, iniciando a distribuição dos fundos numa tentativa de aprovar projetos de interesse do Executivo no Parlamento.
A deputada refletiu profundamente sobre a questão. “Há uma frase de Gilberto Gil que diz ‘o mundo pior e melhor ao mesmo tempo'”, lembrou ela. “É positivo termos um governo que deu fim ao orçamento secreto, mas é lamentável descobrir que os pagamentos prometidos anteriormente estão sendo realizados.”
Tabata Amaral se une a uma crescente onda de descontentamento. Não é a única a se desapontar com Lula. Na semana anterior, Oeste divulgou uma carta de diplomatas mulheres, que também expressavam sua insatisfação com o líder do PT.
O grupo “chegou ao seu limite” após uma série de nomeações de embaixadores masculinos para postos internacionais, especialmente aqueles considerados de maior prestígio na carreira diplomática. Conforme a associação, das 47 nomeações feitas por Lula, apenas seis (pouco mais de 10%) são mulheres.
E antes delas, líderes do movimento negro, militantes LGBT+ e feministas já haviam manifestado insatisfação com Lula. Eles enfrentam dificuldades para fazer avançar agendas progressistas no governo e observam pouca ação do presidente no Parlamento. Toni Reis, presidente da Aliança Nacional LGBTI+, logo após a posse, lamentou a ausência de um ministério próprio e pediu a criação de um departamento no Ministério dos Direitos Humanos “com verba”.
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