O jogo de xadrez jurídico de Alexandre de Moraes revelado
No cenário tumultuado da política brasileira, surge uma nova e explosiva revelação. Informações de um jornalista do O Globo indicam que o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, já vinha traçando um plano meticuloso para evitar uma possível manobra de Jair Bolsonaro que pudesse adiar a decisão sobre sua inelegibilidade.
Segundo as fontes que acompanham de perto esse enredo judicial, Moraes tem se movimentado nas últimas semanas em uma série de conversas particulares com os ministros que poderiam interromper o julgamento, Kassio Nunes Marques e Raul Araújo. Ambos os ministros teriam prometido a Moraes que dariam seus votos agora e não pediriam vista do processo.
Moraes argumentou nas discussões que seria prejudicial para o país e para o próprio TSE se o processo se arrastasse por tempo indeterminado. Insistiu, portanto, que o tribunal precisa encerrar essa etapa da discussão sobre as eleições de 2022 quanto antes.
Você também pode Gostar: TSE Mantém Multa a Bolsonaro por Afirmar que Lula Apoia o Aborto
O segredo por trás do acordo
Um acordo entre os ministros foi firmado e mantido em segredo, visando minimizar a pressão que os bolsonaristas vêm exercendo, tanto em público quanto nos bastidores. Esse acordo tem como objetivo evitar que Nunes Marques ou Araújo peçam vista do processo, o que atrasaria o julgamento.
Há uma semana, aliados do ex-presidente Bolsonaro espalharam a especulação de que Nunes Marques suspenderia o julgamento. Em resposta, o ministro categoricamente refutou tal expectativa ao portal UOL, chamando-a de “pura especulação”.
A estratégia de Moraes
Em fevereiro deste ano, Moraes orquestrou uma mudança no regimento interno do TSE, estabelecendo prazos automáticos para a devolução dos pedidos de vista. Este movimento foi interpretado como uma estratégia para limitar o potencial de atraso no julgamento da inelegibilidade de Bolsonaro.
Com essa regra, os ministros terão 30 dias para devolverem os processos em caso de pedido de vista, um prazo que pode ser estendido por mais 30 dias. Se a ação não for devolvida nesse período, será liberada automaticamente para julgamento.
Leia também: Zanin, o ministro do STF que chegou ao topo sem mestrado nem doutorado
Receba notícias exclusivas no nosso grupo do WhatsApp! Clique aqui para entrar.