O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informa que no mês de novembro de 2022, o setor de serviços em geral no Brasil, não registrou uma variação significativa, estabelecendo em 0.0%. Desta forma, este resultado em comparação ao mês de outubro que obteve um resultado negativo de -0,5%, acabou interrompendo uma sequência positiva de 5 meses consecutivos.
Vale ressaltar que, conforme o analista da pesquisa do IBGE, Luiz Almeida, o setor de serviços passa de um pequeno sufoco após meses com resultados positivos antes de outubro: “O resultado de novembro pode ser lido como uma perda de fôlego frente aos avanços registrados nos meses anteriores”, diz o analista. Sendo assim, os meses em alta, no qual são de março até setembro, acumulam ganhos de 5,8%.
Com isso, mediante a estabilidade de novembro do ano passado, ainda está 10,7% maior em comparação na época de pré-pandemia em fevereiro de 2020. Portanto, segue inferior ao recorde alcançado em setembro de 2022. Assim, Luiz Almeida complementa ao avisar que “Ainda é cedo para falarmos se estamos diante de um ponto de inflexão da trajetória”.
Três de cinco setor de serviços terminaram em baixa
Ademais, o profissional aponta que até os setor de serviços de maior destaque nos últimos meses sofreram leves perdas: “De todo modo, é importante notar que os principais pilares que vinham mostrando dinamismo e ajudando o índice a chegar em sua marca histórica. Os setores de tecnologia da informação e transporte de cargas, tiveram uma desaceleração em seu crescimento” aponta Luiz.
Considerando que os três dos cinco setores de serviços analisados acabaram em baixa no mês de novembro do ano anterior. Principalmente os serviços de informação e comunicação, no qual sofreu uma queda significativa de 0,7%. Por conseguinte, acabou anulando parte do saldo positivo de julho até outubro que somam 5,1%. A seguir, o analista explica esta observação:
“A queda observada em novembro na atividade foi puxada principalmente por uma acomodação do setor de tecnologia da informação, que teve queda de 4,1%, também precedida de quatro meses de altas consecutivas que acumularam 19,4% de crescimento. Por outro lado, vemos um bom resultado do setor de serviços audiovisuais, de edição e agência de notícias, que mostrou avanço de 8% no mês após uma queda de 3,5% em outubro, puxado, principalmente, pelos serviços audiovisuais”, informa Almeida.
Especialista diz que restaurantes e hotéis contribuíram para queda no setor
Além disso, o segundo resultado negativo é do setor de outros serviços, que apresenta diminuição em 2,2%. Dessa forma, anula grande parte do avanço demonstrado de 2,8% em outubro, resultando em uma preocupação significativa. Por sua vez, o setor de serviços para a família resulta em um segundo apuramento desfavorável de 0,8% mediante a perda acumulada dos últimos meses de 2,1%. Esclarece o analista em seguida.
“As principais influências negativas do setor de outros serviços vieram das atividades de pós-colheita e serviços financeiros auxiliares. Já para os serviços prestados às famílias, os setores que mais contribuíram para a queda foram restaurante e hotéis. Cabe notar que o setor ainda é o único que se encontra abaixo do período pré-pandemia, estando 6,7% abaixo do patamar de fevereiro de 2020”
Por fim, o setor de transporte foi o que mais contribuiu para a variação positiva para novembro de 2022 de 0,3%. Por outro lado, o setor de serviços profissionais, administrativos e complementares mostra um acréscimo significativo de 0,2%, considerando que em outubro teve queda de 0,9%. Por conseguinte, Luiz Almeida aponta observação sobre o setor de transportes.
“Quando observamos a divisão por modal, os transportes aéreos, com alta de 3,4%, e os aquaviários, com 3,3% de expansão, puxaram a alta do setor. O primeiro vem de uma base fraca devido à queda acentuada de 10,1% no mês anterior, puxado pelo aumento expressivo no preço das passagens. Já o setor aquaviário tem seu crescimento explicado, em parte, pela exportação de produtos agrícolas. O transporte terrestre, no que lhe concerne, mostra ligeira variação negativa de 0,1% em novembro e acumula queda de 1,7% nos últimos três meses” observa profissional.
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