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Política

Decisão polêmica: Hugo Motta anuncia que não pautará anistia dos presos de 8/01

Decisão polêmica: Hugo Motta anuncia que não pautará anistia dos presos de 8/01
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Presidente da Câmara trava urgência da anistia para presos do 8 de Janeiro

Apesar do apoio de 264 deputados, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu não pautar o requerimento de urgência do projeto que propõe anistia aos presos envolvidos nos atos do 8 de janeiro de 2023. A decisão, considerada um recuo estratégico, foi confirmada por aliados e divulgada pela colunista Tainá Falcão, da CNN Brasil.

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A proposta, apresentada pelo líder do PL, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), permitiria a tramitação direta no plenário, sem passar pelas comissões. A negativa de Motta, no entanto, ocorre mesmo diante da pressão crescente do Partido Liberal e de parlamentares da própria base governista, que haviam endossado o pedido.

Na quarta-feira (23), Sóstenes fez um pronunciamento incisivo durante a reunião de líderes. O parlamentar classificou a postura de Hugo Motta como “desrespeitosa” e alertou para a ruptura da aliança com o PL. Ele deixou claro que, se a urgência não fosse incluída na pauta até o dia seguinte, a legenda consideraria a omissão um gesto de afronta política.

— O tempo agora acabou. Ou pauta a urgência, ou o limite do PL com ele chegou ao fim — declarou Sóstenes, dirigindo-se ao deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA), que presidia a sessão interinamente.

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Nos bastidores, Motta tem articulado com membros dos Três Poderes para buscar uma solução de “consenso”. Parlamentares alinhados ao governo Lula admitem flexibilizar punições, mas rejeitam uma anistia ampla, defendida por setores da direita. A esquerda teme que a medida possa beneficiar o ex-presidente Jair Bolsonaro, também réu nas investigações.

A postura de Motta reflete o ambiente de tensão e a disputa pelo controle narrativo em torno dos desdobramentos do 8 de Janeiro, enquanto cresce a insatisfação popular com a seletividade do Judiciário e o silêncio do Congresso diante dos abusos cometidos contra manifestantes presos.

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