A nota emitida pela Defesa em conjunto com as Forças Armadas está causando alvoroço no meio político. Afinal, ficou claro que o tom subiu e que finalmente os militares estão deixando claro que são o poder moderador. Ademais, o jornalista José Maria Trindade comentou a repercussão sobre a nota.
“Já está tendo repercussão, foi um posicionamento muito importante e foi num momento correto. Há impressões de que os militares deveriam ou dar uma entrevista ou dar uma declaração porque a nota ficou muito discreta. Me informaram nos meios militares que este era mesmo o objetivo. De que a nota já iria repercutir muito e não adiantaria os comandantes irem para frente da televisão falar o óbvio.” Disse José Maria sobre a nota das Forças Armadas.
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José Maria afirma que nota das Forças Armadas foi precedida de várias reuniões
Vale informar que segundo o jornalista José Maria, da Jovem Pan, a nota das Forças Armadas foi precedida de reuniões importantes. Os generais se reuniram ontem em Brasília, mas não foi uma convocação do presidente Jair Bolsonaro. Ou seja, era uma reunião prevista e é possível que aconteça outra reunião dos generais ainda este ano.
De acordo com o jornalista, a reunião foi num momento muito sensível, e houve sim um debate da pauta, que é a prestação de contas. Contudo, também houve a avaliação do momento político e das eleições. Além disso, o principal dessa nota é a constitucionalidade, o legalismo dos militares.
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“E aí dá aquele chega pra lá no Supremo Tribunal Federal dizendo que os poderes são independentes, mas tem que atuar dentro da Constituição. E reafirmam os militares que não é uma nota isolada do ministério da Defesa, mas uma nota conjunta das três forças: Marinha, Exército e Aeronáutica. E nessa nota diz que o poder principal é o legislativo com a força do voto. Mas a nota veio em um momento de descrença pública. Os manifestantes não foram para frente do STF protestar, porque não acreditam mais na justiça, e não foram na frente do congresso protestar porque não acreditam mais na política.” Disse José Maria.
Em conclusão, vale informar que o quartel general em Brasília segue lotado e a tendência é que na próxima semana se tenha o ponto alto destas manifestações. Mas a nota defende o direito a manifestações e principalmente o direito à liberdade de expressão. Cumprir a Constituição, nada de censura e isso está explícito na nota. Por fim, os militares afirmam que estão vigilantes, ou seja, subiram o tom e se colocam ali na condição pela primeira vez de moderador de crise.
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