Impacto da Alta do Dólar na Economia Brasileira e Reação do Mercado Financeiro
O dólar atingiu um novo recorde frente ao real nesta quarta-feira (18), fechando a R$ 6,27, a maior cotação desde a implementação do Plano Real em 1994. Este aumento significativo ocorreu enquanto o mercado avalia a aprovação do texto-base de uma das propostas do pacote fiscal do governo na Câmara dos Deputados.
Incertezas no Congresso
Apesar do avanço no Congresso, há receios persistentes de que novas medidas fiscais não sejam aprovadas até o final do ano ou sejam significativamente alteradas, gerando incerteza entre os investidores. A falta de aprovação de medidas adicionais pode contribuir para a continuidade da desvalorização do real e a volatilidade do mercado.
Ação do Federal Reserve
Paralelamente, o Federal Reserve (Fed) dos Estados Unidos reduziu as taxas de juros em 0,25 ponto percentual, estabelecendo-as na faixa de 4,25% a 4,5%. Este foi o terceiro corte consecutivo, mantendo a tendência de redução iniciada em setembro. Além disso, o Fed indicou uma desaceleração nos futuros cortes para 2025, sinalizando uma possível estabilização da política monetária.
Reação do Mercado Brasileiro
A valorização do dólar resultou em uma alta de 2,78%, atingindo R$ 6,267 na venda. Durante o pregão, a moeda alcançou um pico de R$ 6,27, enquanto a mínima registrada foi de R$ 6,09. O Ibovespa também refletiu a instabilidade, caindo quase 3% e fechando aos 121 mil pontos.
Impacto nas Empresas e Consumidores
A alta do dólar encarece importações, afetando empresas que dependem de insumos estrangeiros e elevando os preços ao consumidor final. Além disso, a desvalorização do real pode aumentar a inflação, pressionando ainda mais a economia brasileira.
Medidas do Governo
O governo segue avançando com medidas de contenção de gastos no Congresso. Segundo o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), os dois textos restantes do pacote fiscal, incluindo um projeto de lei e uma emenda à Constituição, serão analisados no plenário nesta quarta-feira. A aprovação dessas medidas é crucial para estabilizar a economia e restaurar a confiança dos investidores.
Intervenções do Banco Central
Nos últimos quatro pregões, o Banco Central interveio no mercado de câmbio, vendendo mais de US$ 12,75 bilhões em leilões extraordinários para conter a desvalorização do real. No entanto, esta sessão foi a primeira desde a última quarta-feira sem novas intervenções, refletindo uma possível mudança na estratégia do banco.
Perspectivas Futuras
Economistas como Gustavo Sung, da Suno Research, esperam um novo corte nas taxas de juros em março, seguido de outro em 2025, encerrando o ciclo de reduções entre 3,75% e 4,00% ao ano. A decisão do Fed indica que, embora a inflação norte-americana esteja sob controle, os riscos econômicos permanecem equilibrados, sem sinais claros de uma desaceleração abrupta.
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