Mourão critica prisão de Braga Netto
O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) se manifestou, na manhã deste sábado (14), sobre a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro (PL) em 2022. Mourão utilizou sua conta no Twitter/X para criticar a ação policial, sugerindo que o episódio representa um novo capítulo no que ele considera um “atropelo das normas legais” no Brasil.
“Sua prisão nada mais é do que uma nova página no atropelo das normas legais a que o Brasil está submetido”, afirmou Mourão, ao comentar que a medida não apresenta nenhum risco à ordem pública.
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Entenda o caso Braga Netto
Na manhã deste sábado, a Polícia Federal prendeu Braga Netto em sua residência localizada em Copacabana, na zona sul do Rio de Janeiro. A detenção está ligada ao inquérito que apura uma suposta trama golpista. Após a prisão, o general foi encaminhado ao Comando Militar do Leste, onde ficará sob custódia do Exército.
A investigação aponta que Braga Netto teria tentado acessar informações relacionadas ao acordo de colaboração premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro. Segundo o relatório da PF, essa tentativa foi intermediada pelos pais de Mauro Cid. Documentos apreendidos durante buscas corroboram essas suspeitas, incluindo um roteiro de perguntas e respostas relacionado à delação premiada.
Não é a primeira vez que Mourão denuncia o que considera um movimento persecutório contra opositores políticos. Em fevereiro deste ano, ele já havia alertado sobre uma suposta “devassa” promovida contra aqueles que criticam as ações do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o senador, operações como essa criam pretextos para justificar um avanço gradual contra a oposição, abrindo caminho para um regime autoritário no Brasil.
“Prendendo uns e caçando outros, tudo vai no sentido de suprimir a oposição política no país”, declarou Mourão. Ele comparou a situação ao regime nazista, mencionando o caso Fritsch, quando Hitler depôs o chefe do Estado-Maior da Alemanha como parte de sua estratégia de centralização do poder.
Durante as buscas realizadas na sede do Partido Liberal (PL), a PF encontrou documentos que indicam um possível esforço coordenado para acessar informações sigilosas do acordo de Mauro Cid. Entre os materiais apreendidos, há indícios de que perguntas relacionadas à colaboração foram diretamente respondidas pelo próprio Cid.
Para Mourão, o contexto atual reflete uma escalada preocupante. Ele citou o exemplo de um homem com fogos de artifício que foi tratado como um “terrorista” e comparado a um homem-bomba, além de relembrar o estrago diplomático causado pela primeira-dama Janja da Silva em situações anteriores. Segundo ele, tais episódios são usados como pretexto para legitimar ações arbitrárias.
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