Manifestação da esquerda na Paulista contra PL da Anistia fracassa
A Central Única dos Trabalhadores (CUT), em parceria com as Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, organizou na última terça-feira (10) o ato “Sem Anistia para Golpistas”. Apesar das tentativas de mobilização, o evento demonstrou a perda de força da esquerda ao não contar com grande adesão popular, mesmo com amplo apoio nas redes sociais e divulgação pelo Partido dos Trabalhadores (PT).
A convocação feita pela CUT visava mobilizar manifestações em 20 estados e no Distrito Federal. O PT, em conjunto com sua presidente e deputada federal Gleisi Hoffmann e o deputado federal Jilmar Tatto, intensificou a divulgação do evento, incluindo um banner oficial do protesto. Ainda assim, a Avenida Paulista, principal ponto de concentração em São Paulo, permaneceu parcialmente aberta, com apenas uma faixa no sentido Rua da Consolação sendo bloqueada.
Segundo os organizadores, o protesto buscava pressionar pela prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro e de outros indiciados em inquéritos da Polícia Federal que investigam uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022. A manifestação também criticou o PL da Anistia, que busca limitar punições em casos relacionados a atos políticos passados.
Embora a CUT tenha apresentado o protesto como uma defesa da democracia, a realidade foi outra: pautas dispersas e falta de foco dificultaram a adesão. Além de exigir a prisão de Bolsonaro e outras figuras, o ato também incluiu demandas sociais e trabalhistas, como a oposição à jornada de trabalho “seis por um”, redução de carga horária sem diminuição de salários, valorização do salário mínimo, melhorias nas aposentadorias, e taxação dos mais ricos.
Outros pontos reivindicados incluíram aumento de investimentos em saúde e educação, oposição à PEC contra o aborto, redução da taxa de juros (Selic) e o combate ao suposto “genocídio da juventude negra”. Apesar da longa lista de demandas, a falta de coesão entre elas parece ter contribuído para o fracasso do evento.
Mesmo com o apoio de lideranças políticas e ampla divulgação nas redes, o ato não conseguiu empolgar a população. A Avenida Paulista, conhecida por grandes concentrações de protestos, esteve longe de lotar, demonstrando que a narrativa de “ataques à democracia” e pedidos de prisão contra o ex-presidente não mobilizam como antes.
Enquanto isso, a CUT continua a defender que a manifestação foi uma resposta a alegados planos golpistas e supostos ataques contra líderes políticos, incluindo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o ministro do STF Alexandre de Moraes. A fragilidade dessas acusações, no entanto, levanta questionamentos sobre a legitimidade das pautas apresentadas e a eficácia dessas manifestações.
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