Alimentos sofrem impacto direto da inflação em novembro
De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial da inflação, produtos como carnes, aves e ovos registraram aumentos significativos em novembro. As carnes tiveram uma elevação de 8%, enquanto aves e ovos subiram 1,36%, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na última terça-feira, 10.
Entre os cortes bovinos, o patinho se destacou com a maior alta, registrando um aumento de 19,63%. Outros cortes também apresentaram elevações expressivas, como o acém (18,33%), o peito (17%) e o lagarto comum (16,91%).
Cortes populares, como a alcatra (9,31%), a chã de dentro (8,57%), o contrafilé e a costela (ambos com 7,83%), também tiveram reajustes relevantes. Por outro lado, o fígado foi o único corte bovino a registrar queda de preço, com uma redução de 3,61%.
O segmento de aves e ovos também não ficou imune à inflação. O preço do frango inteiro subiu 2,50%, enquanto o frango em pedaços teve alta de 1,72%. No entanto, os ovos foram o único item desse grupo a apresentar queda, com uma redução de 1,23%.
O ciclo pecuário foi apontado como um dos principais fatores para a alta nos preços. Após dois anos de intensos abates, a oferta de bois diminuiu significativamente, pressionando os preços para cima. Esse ciclo é caracterizado por flutuações na oferta de animais, impactando diretamente as cotações do mercado.
A seca severa e as queimadas, que afetaram a formação de pastagens em várias regiões do Brasil, também contribuíram para o aumento nos custos de produção de carne. Nessas condições, pecuaristas foram forçados a recorrer à alimentação com ração, encarecendo ainda mais o produto final.
Outro fator relevante foi o aumento da demanda externa. Como maior exportador mundial de carne bovina, o Brasil tem registrado volumes recordes de exportações, reduzindo a oferta interna e contribuindo para a elevação dos preços no mercado doméstico.
Novembro marcou o terceiro mês consecutivo de alta nos preços das carnes, acumulando um aumento de 15,43% nos últimos 12 meses. Economistas projetam que os preços devem permanecer elevados em 2025, com possíveis reajustes adicionais até 2026.
Dos nove grupos de produtos e serviços analisados, três apresentaram alta em novembro. O grupo “alimentação e bebidas” foi o que mais impactou a inflação, com variação de 1,55% e contribuição de 0,33 ponto percentual no índice geral.
Entre os itens que tiveram maior aumento estão o óleo de soja, com alta de 11%, e o café moído, que subiu 2,33%.
Por outro lado, houve reduções expressivas em produtos como manga (-16,26%), cebola (-6,26%) e leite longa vida (-1,72%).
A “alimentação no domícilio” registrou alta de 1,81% em novembro, superando a variação de 1,22% observada em outubro. Já a “alimentação fora do domícilio” apresentou aumento de 0,88%, impulsionado principalmente pelo subitem “lanche”, que registrou alta de 1,11% no mês.
Leia Também:
- Revelações bombásticas: Mauro Cid pode mudar o jogo para Bolsonaro
- Banco Central anuncia mudanças no PIX: saiba o que muda para você
Descubra o que não querem que você saiba! O eBook voltou, mas pode ser removido a qualquer momento! ➡️ Clique aqui e garanta o seu agora 👈😱😱