O embate: advogado do Google confronta STF sobre censura
Nesta quarta-feira (27), o advogado Eduardo de Mendonça, representante do Google, não poupou palavras ao criticar propostas de regulação das redes sociais no Brasil. Durante sua sustentação oral no Supremo Tribunal Federal (STF), Mendonça apresentou argumentos contundentes que ressoaram como um verdadeiro manifesto em defesa da liberdade de expressão.
Com tom firme e sem rodeios, ele destacou: “O cerceamento à liberdade de expressão sempre começa com bons propósitos, mas ele, invariavelmente, degenera.” Uma frase que deixou claro o alerta para os perigos de medidas supostamente bem-intencionadas, mas que podem, no fim, sufocar a essência da democracia.
Mendonça não parou por aí. Ele foi incisivo ao afirmar que “a censura é aristocrática, pois parte do pressuposto de que as pessoas não são capazes de decidir por si mesmas, precisando de orientações externas para interpretar conteúdos.” O recado foi direto, com uma pitada de ironia: quem seriam esses iluminados que acreditam saber o que é melhor para os cidadãos?
O advogado alertou ainda para um paradoxo cruel: medidas que incentivam a remoção de conteúdos controversos podem acabar minando os próprios pilares de uma democracia liberal. A mensagem foi clara: a liberdade não é negociável, e regular opiniões é o caminho mais rápido para a tirania digital.
A fala ressoou com força entre os presentes e fora da corte. O deputado Nikolas Ferreira, conhecido por sua defesa ferrenha da liberdade de expressão, comentou com entusiasmo: “Que fala espetacular. O Direito respira.”
Confira:
O discurso de Mendonça marcou o dia como um divisor de águas no debate sobre regulação de redes sociais. Para quem defende uma internet livre de amarras políticas, as palavras do advogado são um lembrete poderoso: a democracia não sobrevive sem liberdade.
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