Fundo Monetário Internacional projeta aumento expressivo da dívida pública brasileira até 2027
O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, nesta quarta-feira, 23, um relatório preocupante sobre as contas públicas do Brasil. Segundo o órgão, a dívida pública do país deve crescer substancialmente durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atingindo 94,7% do Produto Interno Bruto (PIB) até o fim de 2026. Em comparação, o governo de Jair Bolsonaro encerrou 2022 com a dívida em 83,9%, o que representa um aumento significativo de 10,8% no indicador.
O FMI destacou que o cenário econômico brasileiro é marcado por incertezas fiscais, com projeções de superávit primário apenas a partir de 2027. A imprevisibilidade das contas públicas sob o governo Lula é uma das principais razões para a crescente preocupação do fundo. Essa deterioração fiscal poderá impactar negativamente a confiança de investidores, que avaliam esses dados ao decidir sobre a alocação de recursos em diferentes países.
Em seu relatório Monitor Fiscal, o FMI apontou que o governo deverá terminar 2024 com a dívida pública em 87,6% do PIB, um leve aumento em relação à projeção anterior de 86,7%. Para 2025, o indicador deve alcançar 92%, colocando o Brasil entre os países com maior endividamento, atrás apenas de nações como China, Egito, Ucrânia, Bahrein e Argentina.
Essas previsões colocam em xeque a capacidade do governo atual de entregar uma administração financeiramente equilibrada até o final de seu mandato. Com a dívida pública aumentando gradualmente, a perspectiva é de que o Brasil enfrente o pior cenário econômico desde a crise provocada pela pandemia de covid-19, em 2020.
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