Bolsa de valores e Dólar: Expectativas Econômicas, Juros e Eleições Americanas Impactam o Mercado
A semana começou com os mercados globais digerindo o impacto de múltiplos fatores econômicos e políticos, resultando em uma leve queda na bolsa brasileira e no valor do dólar. Com as eleições nos Estados Unidos se aproximando e o recente corte de juros na China, o cenário global se mostra cada vez mais imprevisível, levando investidores a agir com cautela. No Brasil, o boletim Focus trouxe uma piora das expectativas para a inflação e a taxa básica de juros, o que impactou o humor do mercado local.
Bolsa de valores e Dólar: Cortes de Juros na China e Impacto no Brasil
O corte de juros anunciado pela China, parte dos esforços do país para impulsionar sua economia, foi um dos fatores que influenciaram o mercado nesta segunda-feira (21). Ainda assim, os reflexos foram mesclados, com a bolsa de valores brasileira registrando leve queda de 0,11%, encerrando a sessão aos 130.361 pontos. A Petrobras (PETR4) teve um desempenho abaixo do esperado, com queda de 1,57%, mesmo com o petróleo mostrando alta no mercado internacional. No sentido oposto, as ações da Embraer (EMBR4) subiram 4,17%, impulsionadas pelos bons resultados de entregas no terceiro trimestre.
Queda do Dólar e Influências Globais
Após oscilações durante a sessão, o dólar terminou o dia em leve queda de 0,13%, sendo negociado a R$ 5,693. Essa desvalorização ocorreu após recentes valorizações que colocaram a moeda norte-americana acima de R$ 5,70. O foco do mercado se voltou para os Estados Unidos, onde as eleições presidenciais e os dados econômicos sólidos têm moldado o comportamento dos investidores. A perspectiva de uma possível vitória do ex-presidente republicano trouxe preocupações, principalmente devido à expectativa de políticas inflacionárias, como novas tarifas e cortes de impostos, que poderiam manter os juros do Federal Reserve elevados.
Influências das Eleições dos EUA no Mercado
Com uma agenda econômica mais tranquila, os mercados se voltaram para as projeções sobre as eleições americanas e os últimos dados econômicos dos EUA. O cenário que aponta para uma possível vitória republicana é visto com preocupação pelos investidores, dado o impacto potencial sobre os mercados emergentes, incluindo o Brasil. Dados robustos de emprego e consumo nos Estados Unidos reduziram a expectativa de uma política de afrouxamento monetário mais agressiva pelo Federal Reserve, o que fortaleceu os títulos da dívida americana e gerou perdas em mercados emergentes.
Boletim Focus: Inflação e Selic em Alta
Em âmbito nacional, o boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, indicou que as expectativas para a taxa Selic ao fim de 2024 foram elevadas para 11,25%, frente aos 11% da semana anterior. Isso aponta para uma previsão mais conservadora em relação aos cortes de juros nos próximos anos. A projeção para o índice de preços ao consumidor (IPCA) também foi revisada para cima, atingindo 4,50%, exatamente no teto da meta do governo, o que preocupa os investidores sobre a possibilidade de a inflação terminar o ano acima do esperado.
Em evento recente, o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, enfatizou a necessidade de adoção de medidas fiscais pelo governo para permitir que a autoridade monetária possa baixar os juros de forma segura. Segundo Campos Neto, a transparência nas contas públicas é fundamental para ancorar as expectativas do mercado e possibilitar um cenário econômico mais favorável no longo prazo.
Expectativas Fiscais e o Cenário Político
As preocupações fiscais, somadas ao cenário político volátil, contribuem para manter os mercados em estado de atenção. O possível retorno de um governo republicano nos Estados Unidos e a contínua incerteza sobre as contas públicas no Brasil são fatores que podem influenciar negativamente a percepção dos investidores sobre os ativos de mercados emergentes. Assim, os investidores permanecem atentos às mudanças na política monetária e aos sinais do governo brasileiro em relação ao equilíbrio fiscal.
Essa combinação de fatores globais e domésticos torna o cenário econômico desafiador, levando à volatilidade dos principais índices de mercado. O comportamento dos investidores nas próximas semanas dependerá não apenas das sinalizações do Banco Central sobre a Selic, mas também de como as eleições americanas e as medidas de estímulo na China se desenrolarão.
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