Mercado prevê piora da inflação em 2024 e possível aumento da taxa de juros em 2025
O Boletim Focus, divulgado pelo Banco Central nesta segunda-feira (14), trouxe uma revisão nas expectativas do mercado financeiro para a inflação e a taxa de juros nos próximos anos. De acordo com os analistas consultados, o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deve encerrar 2024 em 4,39%, um leve aumento em relação aos 4,38% da semana anterior. Apesar da pequena variação, a previsão reflete o aumento da pressão inflacionária para o final deste ano.
Para 2025, as projeções de inflação apresentaram uma ligeira queda, de 3,97% para 3,96%. Já as estimativas para os anos seguintes, 2026 e 2027, mantêm-se estáveis em 3,6% e 3,5%, respectivamente. A estabilidade das previsões a longo prazo, no entanto, não minimiza o impacto que a alta de preços pode gerar para a economia nos próximos meses, especialmente em um contexto de fragilidade econômica.
Além disso, as expectativas para a taxa básica de juros (Selic) permanecem inalteradas para 2024, com previsão de fechamento em 11,75%. No entanto, para 2025, os analistas revisaram suas projeções, indicando uma possível alta de 0,25 ponto percentual, o que elevaria a Selic de 10,75% para 11%. A estabilidade nas projeções para os anos de 2026 e 2027, com expectativas de 9,5% e 9%, respectivamente, não afasta a possibilidade de um novo ciclo de aperto monetário, caso a inflação persista.
No cenário cambial, o Boletim Focus trouxe pequenas alterações. A previsão para o dólar em 2025 foi ajustada de R$ 5,39 para R$ 5,40, enquanto a projeção para 2024 permanece em R$ 5,40. Para os anos de 2026 e 2027, o câmbio deve se estabilizar em torno de R$ 5,30, conforme as expectativas dos especialistas.
Em contraste com as previsões negativas para a inflação e juros, o relatório apresentou uma leve revisão positiva para o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024. A nova estimativa indica um crescimento de 3,01%, acima dos 3% projetados anteriormente. Para 2025, a expectativa de crescimento é de 1,93%, enquanto os analistas mantêm suas previsões de crescimento de 2% para 2026 e 2027.
Esses dados trazem à tona as fragilidades da política econômica do governo Lula, que segue enfrentando desafios tanto na contenção da inflação quanto na busca por crescimento sustentável. A incerteza quanto ao futuro dos juros e a estabilidade do câmbio impõe mais pressão sobre a economia brasileira, afetando tanto o setor produtivo quanto o consumo das famílias.
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