Economia
Com Selic nas Alturas, Bancos Planejam Aumentar Juros do Empréstimo Consignado – Entenda as Consequências!

Aumento da Selic e a Pressão dos Bancos pelo Reajuste dos Juros do Empréstimo Consignado
No último ano, o governo reduziu o teto dos juros do crédito consignado em oito ocasiões consecutivas, impactando diretamente a rentabilidade das instituições financeiras. Essa política, fundamentada na queda da taxa básica de juros, reduziu a margem de lucro dos bancos, que agora pressionam por um reajuste no teto dos juros. Com a recente alta da Selic, a discussão voltou à tona, colocando bancos e governo em conflito sobre os limites de juros para aposentados e pensionistas.
Atualmente, as principais entidades financeiras, como a Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e a Associação Brasileira de Bancos (ABBC), defendem a necessidade de reavaliar o limite dos juros para o crédito consignado. “O governo afirmou que as regras seriam definidas com base na Selic, e agora estamos aguardando um aumento para acompanhar a alta”, comentou uma fonte do setor ao jornal O Estado de S. Paulo.
Entretanto, o Ministério da Previdência, responsável por estabelecer as diretrizes para o crédito consignado, apresenta resistência política ao aumento do teto. Enquanto isso, os bancos temem uma repercussão negativa ao solicitar publicamente um reajuste nos juros. A Febraban e a ABBC não se manifestaram oficialmente sobre o assunto até o momento.
Os Desafios dos Bancos com a Margem do Consignado
Para os bancos, a principal preocupação está na redução do spread – a diferença entre os juros cobrados e os juros pagos. Caso a margem se torne excessivamente estreita, as instituições financeiras podem reduzir ou até mesmo suspender a oferta de crédito consignado, o que seria prejudicial ao mercado e à população. “Se o spread encolher demais, os bancos começarão a sair gradualmente da linha de crédito, e isso poderá acabar sendo um tiro no pé do governo”, destacou a mesma fonte.
Especialistas argumentam que o cálculo do spread seria mais adequado se fosse baseado na taxa de juros futuros de dois anos, considerando que esse é o prazo médio dos empréstimos consignados. Isso permitiria uma adequação mais precisa do custo do crédito, em vez de utilizar apenas a Selic como referência.
Redução do Teto e Impacto no Mercado de Consignado
Desde o ano passado, o teto dos juros do crédito consignado foi reduzido de 2,14% para 1,66% ao mês, conforme decisão do Conselho Nacional de Previdência Social, levando em conta a queda da Selic. Essa medida resultou em uma margem de lucro menor para os bancos, que atualmente operam com margens em torno de 1,5%, reduzindo significativamente o interesse dessas instituições em conceder esse tipo de empréstimo.
Juros Futuros e Incertezas do Governo Lula
Os bancos defendem que os juros futuros de dois anos devem ser utilizados como referência para os empréstimos consignados, pois refletem melhor o prazo médio das operações. Além disso, a percepção de que o governo Lula pode enfrentar dificuldades em cumprir as regras fiscais atuais impede que a taxa futura caia no mesmo ritmo da Selic, gerando um desequilíbrio nas expectativas do mercado.
Apesar dos desafios, as concessões de crédito consignado registraram um aumento significativo de 57,4% neste ano, totalizando R$ 72,5 bilhões, segundo dados do Banco Central. Esse crescimento ocorre em comparação a uma base baixa, já que, em março, após o primeiro corte no teto dos juros de 2,14% para 1,70%, diversos bancos, incluindo instituições públicas federais, suspenderam a oferta de crédito, resultando em baixos volumes de concessão nos meses seguintes.
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