Corregedoria apura vazamento de dados no gabinete de Alexandre de Moraes
No último domingo, 15, a corregedora-geral da Polícia Civil de São Paulo, Rosemeire Francisco Ibañez, determinou a abertura de uma investigação preliminar para apurar o vazamento de informações envolvendo policiais civis. Essas informações teriam sido fornecidas a Eduardo Tagliaferro, ex-auxiliar de Alexandre de Moraes no Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A decisão foi tomada após uma reportagem do jornal Folha de S.Paulo, que revelou que Tagliaferro teria acessado dados sigilosos com a suposta ajuda de um policial civil.
As informações vazadas estariam relacionadas à segurança de Alexandre de Moraes e seus familiares. Segundo a reportagem, entre os dados acessados por Tagliaferro estavam mensagens de ameaças nas redes sociais e encomendas de origem suspeita enviadas à esposa de Moraes, a advogada Viviane Barci. O policial militar Wellington Macedo, que atua no gabinete de Moraes no Supremo Tribunal Federal (STF), teria solicitado a Tagliaferro que levantasse essas informações.
Durante o período investigado, de agosto a dezembro de 2022, Alexandre de Moraes atuava tanto no STF quanto no TSE, acumulando funções em ambos os tribunais. O Tribunal Superior Eleitoral aparece como o único interessado no caso, de acordo com o despacho da corregedora-geral. Até o momento, nem o TSE nem o Supremo Tribunal Federal se manifestaram sobre o vazamento ou se solicitaram à Secretaria de Segurança Pública de São Paulo que apurasse o ocorrido.
A Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação do TSE, onde Tagliaferro atuava, foi criada para combater a disseminação de fake news relacionadas ao processo eleitoral. O uso dessa assessoria para coletar dados sobre a segurança pessoal de Alexandre de Moraes, como revelado pela Folha de S.Paulo, não faz parte das atribuições do órgão. A segurança dos ministros do STF é responsabilidade da Secretaria de Segurança do tribunal, composta por policiais judiciais.
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