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Economia

Banco Central investiga suspeita de lavagem de dinheiro envolvendo Banco Luso Brasileiro e PCC

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Banco Central apura possíveis operações ilegais entre Banco Luso Brasileiro e PCC

O Banco Central (BC) está conduzindo uma investigação para apurar se o Banco Luso Brasileiro esteve envolvido em um esquema de lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC), conforme revelado por uma reportagem do UOL. A investigação faz parte da Operação Fim da Linha, deflagrada em abril deste ano, e aponta que, em 2015, o banco teria depositado mais de R$ 20 milhões na conta da holding MJS, ligada aos dirigentes da Transwolff, uma empresa de ônibus acusada de lavar dinheiro para a organização criminosa.

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As ações do BC podem resultar em penalidades severas, que vão desde a aplicação de multas até a cassação da autorização de funcionamento do Banco Luso Brasileiro, dependendo da gravidade dos fatos. O Ministério Público (MP) indicou que esses depósitos podem ser classificados como smurfing, uma prática que envolve a lavagem de grandes quantias de dinheiro de forma fracionada, com o objetivo de dificultar a identificação do crime.

O Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) teve acesso a extratos bancários que demonstram um crescimento expressivo do capital da Transwolff, que passou de R$ 1 milhão para R$ 55 milhões com essas operações. Em abril deste ano, Luiz Carlos Efigênio Pacheco, conhecido como Pandora, dono da Transwolff, e Robson Flares Lopes Pontes, diretor da empresa, foram presos sob suspeita de lavagem de dinheiro, organização criminosa, extorsão e apropriação indébita. Ambos foram libertados em junho e passaram a responder ao processo em liberdade.

A investigação aponta que a holding MJS teria sido criada com o propósito de fortalecer a Transwolff e ocultar a origem ilícita dos recursos. Em resposta às acusações, o Banco Luso Brasileiro declarou que não tem acesso às investigações e desconhece qualquer iniciativa de supervisão por parte do Banco Central. O MP também destacou que Pandora, como dono da Transwolff, teria atuado como intermediário entre a empresa de transporte e o PCC.

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