Pablo Marçal defende investigação contra Alexandre de Moraes
Pablo Marçal, candidato à Prefeitura de São Paulo pelo PRTB, afirmou na última quarta-feira, 4, durante uma sabatina organizada por UOL e Folha de S.Paulo, que apoia a abertura de uma investigação contra o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O comentário foi feito em resposta a perguntas sobre a atuação do ministro, principalmente após a decisão de suspender a rede social Twitter/X no Brasil.
Indagado sobre um possível apoio ao processo de impeachment de Moraes, Marçal evitou entrar no mérito e afirmou que essa é uma responsabilidade do Senado Federal. Esse posicionamento é similar ao do atual prefeito Ricardo Nunes, que se pronunciou em uma sabatina na Rádio Eldorado, também abordando a atuação de Moraes.
Marçal criticou o que considera “exagero” nas decisões do ministro, mencionando a recente suspensão do Twitter/X, que foi ordenada por Moraes após a rede social não cumprir determinações judiciais, como o bloqueio de perfis que publicaram conteúdos antidemocráticos. “Acredito que ele vá ter um problema muito grande. Ele precisa reconhecer esses erros”, disse o candidato.
Durante o debate, Marçal refutou as acusações de que estaria poupando o ministro. “Poupo não, ele tem que ser investigado. Nunca poupei”, afirmou, ressaltando que, em sua visão, a Suprema Corte está politizada e deveria devolver certas competências ao Congresso Nacional. Contudo, o candidato deixou claro que não pretende entrar em confronto direto com o STF, já que isso poderia prejudicar sua campanha para a Prefeitura de São Paulo.
O caso de Elon Musk, proprietário do Twitter/X, também foi abordado na sabatina. A tensão entre Musk e Moraes aumentou após o fechamento do escritório da empresa no Brasil, consequência direta das ordens de Moraes de bloquear perfis que divulgaram mensagens de ódio ou antidemocráticas. A rede social não atendeu às exigências do ministro, o que resultou na suspensão de suas atividades no Brasil e na elevação das multas impostas.
Na segunda-feira, 2, a Primeira Turma do STF, sob a presidência de Alexandre de Moraes, manteve a decisão de suspender o Twitter/X no Brasil por unanimidade.
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